Governo espanhol quer retirar restos do ditador Franco de mausoléu
Madri, 24 Jun 2018 (AFP) - O governo espanhol pretende retirar "imediatamente" os restos do ditador Francisco Franco de seu mausoléu no Vale dos Caídos, informou o presidente Pedro Sánchez, em entrevista ao jornal El Pais publicada neste domingo.
Sánchez alertou ainda que a "crise na Catalunha" provocada pela tentativa de independência vai levar anos para ser resolvida e exigirá "generosidade" das partes.
"Queremos que a transferência dos restos mortais de Franco seja imediata, acredito que uma democracia madura como a nossa, europeia, não pode ter símbolos que dividam os espanhóis", considerou Sánchez.
"Este governo cumprirá o mandato do Congresso dos Deputados de 2017 de transformar o Vale dos Caídos em um lugar de reconciliação", disse ele.
Sánchez referiu-se à grande maioria dos deputados (198 de 350) que exigiu em 2017, em vão, a transferência dos restos mortais ao governo conservador de Mariano Rajoy.
Vencedor da sangrenta Guerra Civil (1936-1939), Franco está enterrado no Vale dos Caídos, um complexo monumental que ele mandou construir a 50 km de Madri.
Além de Franco, ditador de 1939 até sua morte em 1975, no mausoléu estão enterrados mais de 33.000 vítimas da Guerra Civil - nacionalistas e republicanos - que foram transferidos para lá, muitas vezes, sem informar suas famílias.
Quatro décadas após a morte do ditador, a questão da memória histórica ainda divide a Espanha.
Quanto à Catalunha, que no ano passado tentou declarar unilateralmente a independência da Espanha, Sánchez afirmou ao El Pais que a crise política "não vai ser resolvida em um ou dois anos, nem em cinco ou seis".
"Será preciso generosidade e esforço de todas as partes durante a próxima década. (...) Para a normalização em primeira instância e, depois, acordo", disse Sanchez, que se reunirá em 9 de julho em Madri com o novo presidente catalão, o separatista Quim Torra.
Sánchez se reuniu pela primeira vez com Torra na última sexta-feira, na abertura dos Jogos do Mediterrâneo, na cidade catalã de Tarragona. O evento também contou com a participação do rei Filipe VI, que foi recebido com protestos por separatistas.
Sánchez alertou ainda que a "crise na Catalunha" provocada pela tentativa de independência vai levar anos para ser resolvida e exigirá "generosidade" das partes.
"Queremos que a transferência dos restos mortais de Franco seja imediata, acredito que uma democracia madura como a nossa, europeia, não pode ter símbolos que dividam os espanhóis", considerou Sánchez.
"Este governo cumprirá o mandato do Congresso dos Deputados de 2017 de transformar o Vale dos Caídos em um lugar de reconciliação", disse ele.
Sánchez referiu-se à grande maioria dos deputados (198 de 350) que exigiu em 2017, em vão, a transferência dos restos mortais ao governo conservador de Mariano Rajoy.
Vencedor da sangrenta Guerra Civil (1936-1939), Franco está enterrado no Vale dos Caídos, um complexo monumental que ele mandou construir a 50 km de Madri.
Além de Franco, ditador de 1939 até sua morte em 1975, no mausoléu estão enterrados mais de 33.000 vítimas da Guerra Civil - nacionalistas e republicanos - que foram transferidos para lá, muitas vezes, sem informar suas famílias.
Quatro décadas após a morte do ditador, a questão da memória histórica ainda divide a Espanha.
Quanto à Catalunha, que no ano passado tentou declarar unilateralmente a independência da Espanha, Sánchez afirmou ao El Pais que a crise política "não vai ser resolvida em um ou dois anos, nem em cinco ou seis".
"Será preciso generosidade e esforço de todas as partes durante a próxima década. (...) Para a normalização em primeira instância e, depois, acordo", disse Sanchez, que se reunirá em 9 de julho em Madri com o novo presidente catalão, o separatista Quim Torra.
Sánchez se reuniu pela primeira vez com Torra na última sexta-feira, na abertura dos Jogos do Mediterrâneo, na cidade catalã de Tarragona. O evento também contou com a participação do rei Filipe VI, que foi recebido com protestos por separatistas.
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