Chefe do Pentágono quer tranquilizar Seul e Tóquio sobre a Coreia do Norte
Seul, 28 Jun 2018 (AFP) - O secretário de Defesa americano, Jim Mattis, assegurou nesta quinta-feira em Seul que a aliança entre os dois países continua firme, apesar da suspensão pelo presidente Donald Trump das manobras militares conjuntas com a Coreia do Sul.
A preocupação é grande na região. O presidente americano quer convencer Pyongyang que renuncie ao seu arsenal atômico e viu no líder norte-coreano Kim Jong Un "um cara talentoso".
Mas Mattis declarou a seu colega em Seul que o "compromisso dos Estados Unidos com a República da Coreia continua sendo de ferro", o que significa que "serão mantidos os níveis atuais das forças americanas na península coreana".
Mattis, que realizou uma visita de dois dias a China, é esperado ainda nesta quinta em Tóquio.
A Coreia do Sul e o Japão assinaram acordos de segurança garantidos por tratado com os Estados Unidos, mas as últimas mudanças diplomáticas em Washington os colocaram em uma situação incômoda.
O anúncio mais surpreendente aconteceu depois da cúpula entre Trump e Kim em Singapura, onde o presidente americano anunciou sua decisão de suspender os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. Seul deu a entender que não havia sido informado previamente sobre esta decisão.
Essas manobras, organizadas há décadas, eram denunciadas por Pyongyang como uma ameaça à sua segurança.
Trump chegou a usar a palavra "provocador" para descrever esses exercícios.
A suspensão das manobras "Guardião da Liberdade Ulchi", que deveriam acontecer em agosto, melhora as perspectivas de negociação e "aumenta as perspectivas de uma solução pacífica na península", ressaltou Mattis.
Washington confirmou publicamente sua determinação de proteger o Japão e a Coreia do Sul das ameaças do Norte. Dezenas de milhares de soldados americanos estão implantados nos dois países.
James Schoff, ex-especialista da Ásia no Pentágono e atualmente pesquisador do programa Carnegie Asia, estimou que os japoneses e sul-coreanos "estão cada vez mais preocupados com nosso compromisso" de defendê-los.
Um alto funcionário do Pentágono tentou minimizar a necessidade de acalmar os dois aliados. "É parte da visita, mas não é o principal", disse ele. "O essencial é continuar a discutir sobre como vemos as coisas".
Em Singapura, Kim Jong Un assinou um documento que "reafirma seu firme e inabalável compromisso com a completa desnuclearização da península coreana".
Uma vaga declaração de intenções que desapontou os observadores e que não menciona que o processo será "verificável e irreversível", como exigido pelos Estados Unidos.
Pyongyang não se comprometeu publicamente a renunciar ao seu arsenal nuclear. Imagens de satélite mostram que as obras continuam no centro de pesquisa nuclear de Yongbyon.
Trump declarou que a desnuclearização começou e que o Norte não representa mais uma ameaça nuclear.
Mas não se sabe em que ponto estão as negociações com o Norte, lideradas pelo secretário de Estado Mike Pompeo.
Em uma recente entrevista à CNN, Pompeo afastou a esperança de um acordo rápido. O que não impediu o secretário de Estado e outros altos funcionários de dar a entender que estavam prestes a definir um cronograma e as linhas gerais do que a Coreia do Norte deveria fazer.
A preocupação é grande na região. O presidente americano quer convencer Pyongyang que renuncie ao seu arsenal atômico e viu no líder norte-coreano Kim Jong Un "um cara talentoso".
Mas Mattis declarou a seu colega em Seul que o "compromisso dos Estados Unidos com a República da Coreia continua sendo de ferro", o que significa que "serão mantidos os níveis atuais das forças americanas na península coreana".
Mattis, que realizou uma visita de dois dias a China, é esperado ainda nesta quinta em Tóquio.
A Coreia do Sul e o Japão assinaram acordos de segurança garantidos por tratado com os Estados Unidos, mas as últimas mudanças diplomáticas em Washington os colocaram em uma situação incômoda.
O anúncio mais surpreendente aconteceu depois da cúpula entre Trump e Kim em Singapura, onde o presidente americano anunciou sua decisão de suspender os exercícios militares conjuntos com a Coreia do Sul. Seul deu a entender que não havia sido informado previamente sobre esta decisão.
Essas manobras, organizadas há décadas, eram denunciadas por Pyongyang como uma ameaça à sua segurança.
Trump chegou a usar a palavra "provocador" para descrever esses exercícios.
A suspensão das manobras "Guardião da Liberdade Ulchi", que deveriam acontecer em agosto, melhora as perspectivas de negociação e "aumenta as perspectivas de uma solução pacífica na península", ressaltou Mattis.
Washington confirmou publicamente sua determinação de proteger o Japão e a Coreia do Sul das ameaças do Norte. Dezenas de milhares de soldados americanos estão implantados nos dois países.
James Schoff, ex-especialista da Ásia no Pentágono e atualmente pesquisador do programa Carnegie Asia, estimou que os japoneses e sul-coreanos "estão cada vez mais preocupados com nosso compromisso" de defendê-los.
Um alto funcionário do Pentágono tentou minimizar a necessidade de acalmar os dois aliados. "É parte da visita, mas não é o principal", disse ele. "O essencial é continuar a discutir sobre como vemos as coisas".
Em Singapura, Kim Jong Un assinou um documento que "reafirma seu firme e inabalável compromisso com a completa desnuclearização da península coreana".
Uma vaga declaração de intenções que desapontou os observadores e que não menciona que o processo será "verificável e irreversível", como exigido pelos Estados Unidos.
Pyongyang não se comprometeu publicamente a renunciar ao seu arsenal nuclear. Imagens de satélite mostram que as obras continuam no centro de pesquisa nuclear de Yongbyon.
Trump declarou que a desnuclearização começou e que o Norte não representa mais uma ameaça nuclear.
Mas não se sabe em que ponto estão as negociações com o Norte, lideradas pelo secretário de Estado Mike Pompeo.
Em uma recente entrevista à CNN, Pompeo afastou a esperança de um acordo rápido. O que não impediu o secretário de Estado e outros altos funcionários de dar a entender que estavam prestes a definir um cronograma e as linhas gerais do que a Coreia do Norte deveria fazer.
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