Britânicos que acharam meninos tailandeses são especialistas em resgates difíceis
Dois dos três mergulhadores voluntários britânicos que ajudaram a encontrar um time de futebol infantil preso em um complexo de cavernas na Tailândia têm um histórico de resgates difíceis em todo o mundo.
Rick Stanton e John Volanthen, que trabalham como bombeiro e engenheiro de computação, respectivamente, percorreram um longo e sinuoso caminho através das cavernas inundadas para encontrar as 12 crianças e seu treinador, nove dias depois de terem desaparecido.
"Os mergulhadores britânicos Rick e John lideraram" a equipe de busca, indicou Bill Whitehouse, do Conselho de Resgate em Cavernas, uma associação britânica de equipes de resgate nacional.
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"Eles conseguiram mergulhar na última seção e entrar na câmara onde os desaparecidos estavam em uma saliência acima da água", acrescentou.
"Eles mergulharam a montante no sistema [de cavernas], então tiveram que nadar contra a corrente ou se agarrando às paredes", explicou à BBC.
"Parece-me que o trecho de mergulho foi de cerca de 1,5 km, metade dele completamente inundado", informou, acrescentando que o tempo de mergulho foi de cerca de três horas.
Stanton, um bombeiro de Coventry, no centro da Inglaterra, e Volanthen, engenheiro de computação de Bristol, no sudoeste do país, não são novatos em mergulhos difíceis.
Stanton, que tem cerca de 50 anos, explicou a um jornal local em 2012 que sua maior conquista foi resgatar seis soldados britânicos presos em cavernas no México.
Ele e Volanthen também ajudaram em 2010 a encontrar Eric Establie, um experiente espeleólogo francês que ficou preso na região de Ardeche, no sul da França.
Lamentavelmente, Establie faleceu.
"Todas as missões de resgate em cavernas são bastante impressionantes, mas o mais desafiador foi a da França", disse Stanton na entrevista, por ocasião de sua condecoração pela rainha Elizabeth II.
"Eu e outro mergulhador ficamos lá por 10 dias e foi muito estressante o tempo todo. Foi um mergulho muito perigoso e uma caverna muito perigosa", acrescentou.
Naquele momento, ele insistiu que o mergulho em cavernas era apenas um hobby que começou aos 18 anos, depois de assistir a um documentário na televisão.
Na Tailândia, a equipe tem evitado a imprensa, com Volanthen dizendo aos jornalistas que "temos um trabalho a fazer" quando chegou ao local.
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