CEO da General Electric na América Latina é preso no Brasil
Rio de Janeiro, 4 Jul 2018 (AFP) - O presidente da General Electric na América Latina e ex-presidente da Philips Healthcare no Brasil, Daurio Speranzini Junior, foi preso nesta quarta-feira (4) no Rio de Janeiro no âmbito da operação Lava Jato por um suposto esquema de fraudes em licitações na área da saúde.
A Justiça federal do Rio de Janeiro determinou a prisão provisória de Speranzini e a de outras oito pessoas, entre elas o executivo da Philips Frederik Knudsen, além da prisão preventiva de outros treze, informou o Ministério Público Federal (MPF) em um comunicado.
Também foram emitidos 44 mandados de busca e apreensão, entre eles para os escritórios da Philips e da Johnson&Johnson no Brasil.
A "Operação Ressonância", ramificação da Lava Jato, foi deflagrada depois que as autoridades identificaram "um cartel de fornecedores" que montou um esquema fraudulento entre a secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) entre 1996 e 2017.
A empresa de equipamentos médicos Oscar Iskin, do empresário Miguel Iskin, liderava o cartel formado por pelo menos 33 empresas, algumas delas atuando como laranjas das demais, que se organizavam no chamado "clube do pregão internacional", segundo o MPF.
"No núcleo econômico atuavam os principais executivos de fabricantes multinacionais de equipamentos médicos, que ajustavam as vitórias nas licitações mediante o pagamento de comissão a Miguel Iskin no valor de 13% dos contratos", explicou.
Funcionários de confiança da Oscar Iskin "eram responsáveis por fazer a ligação entre o setor público (núcleo administrativo-político) e os empresários cartelizados (núcleo econômico) para direcionar as demandas públicas (insumos médicos a serem adquiridos e cotação de preços fraudadas) e as contratações, mediante a desclassificação ilícita de concorrentes que não faziam parte do cartel".
Em nota, a General Electric indicou que as alegações contra Speranzini se referem "ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa" e disse estar disposta a colaborar com as autoridades.
Sapernzini assumiu a presidência da General Electric na América Latina em janeiro, depois de ter presidido a divisão latino-americana de saúde da empresa de 2014 a 2017. De 2004 a 2010, foi presidente da Philips Healthcare na América Latina.
A Philips indicou que não teve acesso ao processo, mas que coopera com as autoridades.
A Johnson & Johnson Medical Devices Brasil acompanha "rigorosamente as leis" do país e está colaborando com as investigações, disse a empresa à AFP.
A Justiça federal do Rio de Janeiro determinou a prisão provisória de Speranzini e a de outras oito pessoas, entre elas o executivo da Philips Frederik Knudsen, além da prisão preventiva de outros treze, informou o Ministério Público Federal (MPF) em um comunicado.
Também foram emitidos 44 mandados de busca e apreensão, entre eles para os escritórios da Philips e da Johnson&Johnson no Brasil.
A "Operação Ressonância", ramificação da Lava Jato, foi deflagrada depois que as autoridades identificaram "um cartel de fornecedores" que montou um esquema fraudulento entre a secretaria de Saúde do estado do Rio de Janeiro e o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) entre 1996 e 2017.
A empresa de equipamentos médicos Oscar Iskin, do empresário Miguel Iskin, liderava o cartel formado por pelo menos 33 empresas, algumas delas atuando como laranjas das demais, que se organizavam no chamado "clube do pregão internacional", segundo o MPF.
"No núcleo econômico atuavam os principais executivos de fabricantes multinacionais de equipamentos médicos, que ajustavam as vitórias nas licitações mediante o pagamento de comissão a Miguel Iskin no valor de 13% dos contratos", explicou.
Funcionários de confiança da Oscar Iskin "eram responsáveis por fazer a ligação entre o setor público (núcleo administrativo-político) e os empresários cartelizados (núcleo econômico) para direcionar as demandas públicas (insumos médicos a serem adquiridos e cotação de preços fraudadas) e as contratações, mediante a desclassificação ilícita de concorrentes que não faziam parte do cartel".
Em nota, a General Electric indicou que as alegações contra Speranzini se referem "ao período em que o executivo atuou na liderança de outra empresa" e disse estar disposta a colaborar com as autoridades.
Sapernzini assumiu a presidência da General Electric na América Latina em janeiro, depois de ter presidido a divisão latino-americana de saúde da empresa de 2014 a 2017. De 2004 a 2010, foi presidente da Philips Healthcare na América Latina.
A Philips indicou que não teve acesso ao processo, mas que coopera com as autoridades.
A Johnson & Johnson Medical Devices Brasil acompanha "rigorosamente as leis" do país e está colaborando com as investigações, disse a empresa à AFP.
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