Milhares de deslocados no sul da Síria retornam para casa após cessar-fogo
Beirute, 7 Jul 2018 (AFP) - Milhares de deslocados no sul da Síria retornavam para suas casas, informou neste sábado a ONG Observatório Sírio dos Direito Humanos (OSDH), após o acordo entre o governo sírio e os rebeldes que deveria acabar com a devastadora ofensiva do regime nesta região.
Depois de mais de duas semanas de intensos bombardeios, os representantes da Rússia e dos grupos rebeldes chegaram a um acordo na sexta-feira para decretar um cessar-fogo no sul da Síria, controlado até agora pelos opositores ao regime de Bashar Al Assad.
A trégua representa uma nova derrota para os grupos rebeldes, incapazes de resistir à ofensiva do regime sírio. Com o apoio militar da Rússia e do Irã, Damasco recuperou 60% do território sírio.
Como demonstração da vitória das forças do regime, soldados do exército sírio e da polícia militar russa, tanques e veículos militares chegaram ao posto de Nasib, na fronteira com a Jordânia.
Iniciada em 19 de junho, a ofensiva de Damasco provocou pelo menos 325.000 deslocamentos forçados, segundo a ONU. Muitas pessoas seguiram para acampamentos perto da fronteira com a Jordânia ou nas Colinas Golã, ocupadas parcialmente por Israel.
Desde sexta-feira à noite, "milhares de deslocados começaram a abandonar a fronteira com a Jordânia para voltar a suas localidades nos sudeste da província de Deraa", explicou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Mais de 20.000 deslocados voltaram a 13 vilarejos e localidades", disse Rahman.
Após o acordo desta sexta-feira, "o Estado sírio controlará todas as posições que estavam nas mãos dos rebeldes ao longo da fronteira com a Jordânia", afirmou a agência oficial síria SANA.
A trégua prevê o início de um cessar-fogo e que os grupos terroristas entreguem as armas pesadas e de médio calibre em todas as cidades, completou a agência.
"Os que são contrários a estas condições terão que seguir para Idlib (norte da Síria)", explicou a agência, uma condição exigida pelos grupos rebeldes.
O acordo, que acontecerá em três etapas, começou a ser aplicado no leste da região de Deraa, depois se tornará efetivo na capital da província e em seguida no oeste", explicou o porta-voz do comando rebelde, Hussein Abazeed.
O regime sírio parece determinado a assumir o controle do conjunto do país, devastado desde 2011 por uma guerra que provocou 350.000 mortes e deixou milhões de deslocados e refugiados.
ah-rh/tgg/gk/eb/es/fp
Depois de mais de duas semanas de intensos bombardeios, os representantes da Rússia e dos grupos rebeldes chegaram a um acordo na sexta-feira para decretar um cessar-fogo no sul da Síria, controlado até agora pelos opositores ao regime de Bashar Al Assad.
A trégua representa uma nova derrota para os grupos rebeldes, incapazes de resistir à ofensiva do regime sírio. Com o apoio militar da Rússia e do Irã, Damasco recuperou 60% do território sírio.
Como demonstração da vitória das forças do regime, soldados do exército sírio e da polícia militar russa, tanques e veículos militares chegaram ao posto de Nasib, na fronteira com a Jordânia.
Iniciada em 19 de junho, a ofensiva de Damasco provocou pelo menos 325.000 deslocamentos forçados, segundo a ONU. Muitas pessoas seguiram para acampamentos perto da fronteira com a Jordânia ou nas Colinas Golã, ocupadas parcialmente por Israel.
Desde sexta-feira à noite, "milhares de deslocados começaram a abandonar a fronteira com a Jordânia para voltar a suas localidades nos sudeste da província de Deraa", explicou à AFP Rami Abdel Rahman, diretor do OSDH.
Mais de 20.000 deslocados voltaram a 13 vilarejos e localidades", disse Rahman.
Após o acordo desta sexta-feira, "o Estado sírio controlará todas as posições que estavam nas mãos dos rebeldes ao longo da fronteira com a Jordânia", afirmou a agência oficial síria SANA.
A trégua prevê o início de um cessar-fogo e que os grupos terroristas entreguem as armas pesadas e de médio calibre em todas as cidades, completou a agência.
"Os que são contrários a estas condições terão que seguir para Idlib (norte da Síria)", explicou a agência, uma condição exigida pelos grupos rebeldes.
O acordo, que acontecerá em três etapas, começou a ser aplicado no leste da região de Deraa, depois se tornará efetivo na capital da província e em seguida no oeste", explicou o porta-voz do comando rebelde, Hussein Abazeed.
O regime sírio parece determinado a assumir o controle do conjunto do país, devastado desde 2011 por uma guerra que provocou 350.000 mortes e deixou milhões de deslocados e refugiados.
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