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Líbia rejeita plano europeu: "Não vamos abrigar os imigrantes que a Europa não quer"

4.jun.18 - Imigrantes vão para a Líbia após serem expulsos da Argélia  - Jerome Delay/AP
4.jun.18 - Imigrantes vão para a Líbia após serem expulsos da Argélia Imagem: Jerome Delay/AP

20/07/2018 07h20

O chefe do governo líbio de unidade nacional (GNA), Fayez Al Sarraj, manifestou nesta sexta-feira (20) sua rejeição categórica a instalar na Líbia centros de acolhida para migrantes, como querem os países da União Europeia (UE).

"Somos totalmente contra o fato de que a Europa queira instalar oficialmente em nosso país os migrantes ilegais que eles não querem na UE", afirmou Sarraj, em entrevista ao jornal alemão "Bild". "Tampouco faremos acordos com a UE para assumirmos migrantes ilegais em troca de dinheiro", insistiu.

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"Estou muito surpreso que, na Europa, ninguém mais queira acolher os migrantes e que nos peçam para acolher centenas de milhares (deles) aqui", completou o chefe de governo, nessa entrevista realizada na Tunísia.

Sarraj também pediu aos europeus que pressionem mais os países de origem dos migrantes, mais do que a Líbia, onde os traficantes de pessoas se aproveitaram do caos para lançar um lucrativo negócio.

No final de junho, os países-membros da UE, muito divididos sobre a questão migratória, chegaram a um acordo para "explorar" a criação de "plataformas de desembarque" fora da Europa.