Direita espanhola elege Pablo Casado como novo líder
Madri, 21 Jul 2018 (AFP) - Pablo Casado, um jovem deputado de 37 anos que defende um giro à direita, tornou-se neste sábado (21) o sucessor de Mariano Rajoy à frente do conservador Partido Popular (PP), a primeira força política espanhola.
Em uma votação para qual foram convidados a votar 3.082 delegados, Casado venceu com 58% dos votos sua rival Soraya Saenz de Santamaría, de acordo com a apuração oficial.
"Hoje começa uma nova etapa", porque o PP sai "para tentar reconquistar os corações de todos os espanhóis, depois de semanas difíceis que tivemos de viver como formação política", declarou Casado em seu discurso de vitória, referindo-se à moção de censura dos socialistas que em 1º de junho afastou Rajoy do poder.
"O Partido Popular voltou e estamos prontos para liderar outra vez esta sociedade", disse o novo presidente da formação, depois de abraçar Rajoy e brevemente Santamaría.
Os delegados do partido optaram pela renovação geracional e ideológica proposta por Casado, um inexperiente deputado que foi um colaborador próximo do ex-presidente José Maria Aznar.
Santamaría havia sido a mais votada em 5 de julho na primeira rodada das primárias do PP.
Mas era percebida como a opção continuista, por ter sido vice-presidente do governo de Rajoy.
Durante a campanha, Casado criticou a intenção do governo socialista de descriminalizar a eutanásia e sua "demagogia" por estar aberto à acolhida dos migrantes rejeitados pelo governo populista italiano.
Ele também propôs incorporar o delito de convocação ilegal de um referendo ao código penal, em resposta ao desafio separatista catalão.
- Ameaçado por um polêmico mestrado -Durante a campanha, repleta de ataques cruzados, a advogada Santamaría, de 47 anos, defendeu sua experiência.
Também formado em Direito, Pablo Casado criticou a gestão de sua rival na Catalunha, onde esta liderou uma "operação diálogo" que não impediu uma declaração unilateral de independência em outubro passado.
O jovem deputado, pai de dois filhos, pode, no entanto, ver-se em apuros pelo possível ressurgimento de uma polêmica que o assombrou nos últimos meses. No início deste ano, Casado reconheceu que durante 2008/2009, quando era graduado em direito e deputado pelo PP no parlamento regional de Madri, obteve em condições favoráveis um mestrado na universidade pública Rey Juan Carlos, tendo sido dispensado de assistir às aulas.
Casado será candidato à presidência do Governo nas eleições gerais, que deverão acontecer em 2020.
Ele terá de recompor um partido que, entre as eleições gerais de 2011 - quando Rajoy obteve maioria absoluta - e as últimas em 2016, perdeu três milhões de eleitores. Muitos migraram para o Partido liberal Cidadãos, grande rival do PP na centro-direita.
Primeira força política no Parlamento, o PP deverá se preparar rapidamente para as disputas eleitorais de maio de 2019, quando estão previstas eleições municipais, regionais e europeias.
O objetivo será se relançar para, mais adiante, tentar recuperar o poder dos socialistas. No poder desde 1º de junho, eles derrubaram Rajoy em uma moção de censura no Parlamento, motivada por um amplo escândalo de corrupção que afetou em cheio o PP.
Durante o seu discurso de despedida, Rajoy acusou o atual chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de tomar o poder "pela porta de trás" com a moção de censura que o derrubou.
O ex-chefe de Governo descreveu Sánchez e seus apoiadores como uma "confabulação de perdedores e separatistas" que entraram pela porta de trás".
E decidiu não tomar parte durante a campanha do PP. "Venho me despedir do partido e venho também agradecer", declarou, ao abrir seu discurso diante de centenas de militantes reunidos em um hotel de Madri.
"Saio (...) com a serenidade de que não foram os espanhóis que me retiraram do governo", assinalou.
Em uma votação para qual foram convidados a votar 3.082 delegados, Casado venceu com 58% dos votos sua rival Soraya Saenz de Santamaría, de acordo com a apuração oficial.
"Hoje começa uma nova etapa", porque o PP sai "para tentar reconquistar os corações de todos os espanhóis, depois de semanas difíceis que tivemos de viver como formação política", declarou Casado em seu discurso de vitória, referindo-se à moção de censura dos socialistas que em 1º de junho afastou Rajoy do poder.
"O Partido Popular voltou e estamos prontos para liderar outra vez esta sociedade", disse o novo presidente da formação, depois de abraçar Rajoy e brevemente Santamaría.
Os delegados do partido optaram pela renovação geracional e ideológica proposta por Casado, um inexperiente deputado que foi um colaborador próximo do ex-presidente José Maria Aznar.
Santamaría havia sido a mais votada em 5 de julho na primeira rodada das primárias do PP.
Mas era percebida como a opção continuista, por ter sido vice-presidente do governo de Rajoy.
Durante a campanha, Casado criticou a intenção do governo socialista de descriminalizar a eutanásia e sua "demagogia" por estar aberto à acolhida dos migrantes rejeitados pelo governo populista italiano.
Ele também propôs incorporar o delito de convocação ilegal de um referendo ao código penal, em resposta ao desafio separatista catalão.
- Ameaçado por um polêmico mestrado -Durante a campanha, repleta de ataques cruzados, a advogada Santamaría, de 47 anos, defendeu sua experiência.
Também formado em Direito, Pablo Casado criticou a gestão de sua rival na Catalunha, onde esta liderou uma "operação diálogo" que não impediu uma declaração unilateral de independência em outubro passado.
O jovem deputado, pai de dois filhos, pode, no entanto, ver-se em apuros pelo possível ressurgimento de uma polêmica que o assombrou nos últimos meses. No início deste ano, Casado reconheceu que durante 2008/2009, quando era graduado em direito e deputado pelo PP no parlamento regional de Madri, obteve em condições favoráveis um mestrado na universidade pública Rey Juan Carlos, tendo sido dispensado de assistir às aulas.
Casado será candidato à presidência do Governo nas eleições gerais, que deverão acontecer em 2020.
Ele terá de recompor um partido que, entre as eleições gerais de 2011 - quando Rajoy obteve maioria absoluta - e as últimas em 2016, perdeu três milhões de eleitores. Muitos migraram para o Partido liberal Cidadãos, grande rival do PP na centro-direita.
Primeira força política no Parlamento, o PP deverá se preparar rapidamente para as disputas eleitorais de maio de 2019, quando estão previstas eleições municipais, regionais e europeias.
O objetivo será se relançar para, mais adiante, tentar recuperar o poder dos socialistas. No poder desde 1º de junho, eles derrubaram Rajoy em uma moção de censura no Parlamento, motivada por um amplo escândalo de corrupção que afetou em cheio o PP.
Durante o seu discurso de despedida, Rajoy acusou o atual chefe do governo espanhol, Pedro Sánchez, de tomar o poder "pela porta de trás" com a moção de censura que o derrubou.
O ex-chefe de Governo descreveu Sánchez e seus apoiadores como uma "confabulação de perdedores e separatistas" que entraram pela porta de trás".
E decidiu não tomar parte durante a campanha do PP. "Venho me despedir do partido e venho também agradecer", declarou, ao abrir seu discurso diante de centenas de militantes reunidos em um hotel de Madri.
"Saio (...) com a serenidade de que não foram os espanhóis que me retiraram do governo", assinalou.
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