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Europa sofre com incêndios e seca

24/07/2018 13h28

Atenas, 24 Jul 2018 (AFP) - Dezenas de incêndios devastavam nesta terça-feira a Grécia assim como vários países do norte da Europa, enquanto que uma grande parte do continente sofre com a forte seca.

A Grécia é o país mais afetado, com os incêndios mais mortíferos em mais de uma década. Mais de setenta pessoas morreram, incluindo 50 apenas em Mati, não muito longe de Atenas, que foi devastada pelas chamas na segunda-feira à noite.

Os corpos de 26 pessoas, que aparentemente tentavam chegar ao mar para fugir do fogo, foram encontrados numa casa, onde ficaram presos pelas chamas. Mais de 170 pessoas também ficaram feridas nos incêndios, de acordo com o balanço oficial provisório.

Na Suécia, o número de incêndios parecia se estabilizar em torno de vinte, que já queimaram 25.000 hectares de floresta, mas as autoridades alertaram para o risco extremo de novos focos no sul do país nos próximos dias, com o anúncio de temperaturas escaldantes.

Enquanto isso, os dois aviões Canadair enviados pela França lançam água sobre um dos principais incêndios em Kårböle, uma pequena cidade localizada a meio caminho entre Estocolmo e Lapônia.

"Os dias são extremamente longos (...) Trabalhamos do início do dia até às 23h15 para o pouso do último Canadair", explicou à AFP o coronel Pierre Schaller, responsável pela missão de combate ao incêndio.

Na Filândia, é a Lapônia - que reivindica o apelido de "país do Papai Noel" - que tem sido afetada, com incêndios devastando florestas e prados perto da fronteira com a Rússia.

A Letônia anunciou nesta terça-feira que Belarus enviaria ajuda para combater um incêndio que começou na terça-feira passada em uma turfeira no leste do país que em uma semana destruiu mil hectares de mata e floresta.

A Alemanha está em alerta para o pico de calor em todo o país, com temperaturas diurnas entre 30 e 35 graus Celsius, e as autoridades alertaram para o risco significativo de incêndios em campos e florestas no norte e leste do país devido à seca desde a primavera.

O calor também causou escassez, mas de garrafas e caixas de cerveja, cujas vendas cresceram tanto que as empresas de reciclagem não conseguem acompanhar o ritmo.

Na Holanda, doze pontes tiveram que ser fechadas em Amsterdã, porque o calor extremo poderia torcer o metal, e a água dos canais é usada para resfriar as pontes.

Finalmente, na França, a região de Paris está passando por uma onda de calor que deve durar até sexta-feira, resultando em um pico de poluição do ozônio.

As autoridades anunciaram restrições de tráfego, incluindo redução de velocidade, e ordena que veículos com mais de 3,5 toneladas contornem a aglomeração de Paris.

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