Israel reabre parcialmente única passagem de mercadorias para Gaza
Jerusalém, 24 Jul 2018 (AFP) - Israel reabrirá parcialmente nesta terça-feira (24) o terminal de Kerem Shalom, único ponto de passagem de mercadorias para a Faixa de Gaza, fechado desde 9 de julho em represália pela utilização de pipas incendiárias por parte dos palestinos.
A abertura da passagem permitirá o reinício do reabastecimento de combustíveis e de gás, indica um comunicado do Ministério israelense da Defesa, concretizando um anúncio que havia sido feito no domingo.
Além de alimentos e de remédios, está autorizada a entrada de combustíveis e de gás no território palestino, segundo a nota.
O Ministério justificou a decisão de reabertura parcial, alegando que o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, não cessou totalmente suas "atividades terroristas".
Submetida por Israel a um bloqueio econômico rígido, a Faixa de Gaza sofre com cortes de energia provocados pela suspensão das entregas de combustível.
Além disso, Israel reduziu a zona marítima acessível a pescadores em Gaza, um território onde 80% de seus dois milhões de habitantes recebem ajuda.
A ONU se mostrou alarmada pelas penúrias causadas pelo bloqueio que afeta hospitais e a rede de fornecimento de água.
A luta contra o bloqueio israelense está no centro das manifestações constantes dos palestinos na fronteira de Gaza com Israel.
"A reabertura total do terminal está condicionada à suspensão total do lançamento de balões incendiários e dos confrontos na fronteira", insiste a nota do Ministério.
Uma relativa calma reina na região de Gaza, graças ao acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas divulgado após a escalada de violência que matou quatro palestinos e um soldado israelense na sexta-feira passada.
Embora Israel não tenha confirmado o acordo de trégua, não houve nenhum novo foguete palestino disparado contra Israel desde sexta.
Na semana passada, após importantes confrontos entre Israel e Hamas, o movimento islâmico já havia anunciado um cessar-fogo com a mediação egípcia. Na ocasião, Israel também não confirmou o acordo, embora tenha cessado seus ataques.
Segundo a rádio pública israelense, o silêncio de Israel é explicado pelo desejo do governo de não dar a impressão de que está negociando com o Hamas, considerado uma organização "terrorista".
Mas uma fonte do Hamas explicou que o cessar-fogo não inclui as pipas e balões incendiários lançados de Gaza para o território israelense, que nas últimas semanas queimaram mais de 2.600 hectares.
Nos últimos dias, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, ameaçou deflagrar uma operação importante na Faixa de Gaza, caso o Hamas não pare de lançar seus objetos incendiários.
A situação em Gaza era particularmente tensa desde 30 de março e o início de um movimento palestino para protestar contra o bloqueio israelense do território.
Desde essa data, pelo menos 149 palestinos foram mortos em Gaza pelo Exército israelense.
bur-jlr/mer/pc/ra/mr/cn/tt
A abertura da passagem permitirá o reinício do reabastecimento de combustíveis e de gás, indica um comunicado do Ministério israelense da Defesa, concretizando um anúncio que havia sido feito no domingo.
Além de alimentos e de remédios, está autorizada a entrada de combustíveis e de gás no território palestino, segundo a nota.
O Ministério justificou a decisão de reabertura parcial, alegando que o movimento islamita Hamas, que governa a Faixa de Gaza, não cessou totalmente suas "atividades terroristas".
Submetida por Israel a um bloqueio econômico rígido, a Faixa de Gaza sofre com cortes de energia provocados pela suspensão das entregas de combustível.
Além disso, Israel reduziu a zona marítima acessível a pescadores em Gaza, um território onde 80% de seus dois milhões de habitantes recebem ajuda.
A ONU se mostrou alarmada pelas penúrias causadas pelo bloqueio que afeta hospitais e a rede de fornecimento de água.
A luta contra o bloqueio israelense está no centro das manifestações constantes dos palestinos na fronteira de Gaza com Israel.
"A reabertura total do terminal está condicionada à suspensão total do lançamento de balões incendiários e dos confrontos na fronteira", insiste a nota do Ministério.
Uma relativa calma reina na região de Gaza, graças ao acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas divulgado após a escalada de violência que matou quatro palestinos e um soldado israelense na sexta-feira passada.
Embora Israel não tenha confirmado o acordo de trégua, não houve nenhum novo foguete palestino disparado contra Israel desde sexta.
Na semana passada, após importantes confrontos entre Israel e Hamas, o movimento islâmico já havia anunciado um cessar-fogo com a mediação egípcia. Na ocasião, Israel também não confirmou o acordo, embora tenha cessado seus ataques.
Segundo a rádio pública israelense, o silêncio de Israel é explicado pelo desejo do governo de não dar a impressão de que está negociando com o Hamas, considerado uma organização "terrorista".
Mas uma fonte do Hamas explicou que o cessar-fogo não inclui as pipas e balões incendiários lançados de Gaza para o território israelense, que nas últimas semanas queimaram mais de 2.600 hectares.
Nos últimos dias, o ministro da Defesa de Israel, Avigdor Lieberman, ameaçou deflagrar uma operação importante na Faixa de Gaza, caso o Hamas não pare de lançar seus objetos incendiários.
A situação em Gaza era particularmente tensa desde 30 de março e o início de um movimento palestino para protestar contra o bloqueio israelense do território.
Desde essa data, pelo menos 149 palestinos foram mortos em Gaza pelo Exército israelense.
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