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EUA reafirmam repúdio à anexação da Crimeia pela Rússia

25/07/2018 19h59

Washington, 25 Jul 2018 (AFP) - Os Estados Unidos reiteraram nesta quarta-feira (25) seu repúdio à anexação da península ucraniana da Crimeia pela Rússia, pouco antes de o secretário de Estado, Mike Pompeo, testemunhar no Congresso sobre a política externa do governo de Donald Trump.

"Em acordo com aliados, sócios e a comunidade internacional, os Estados Unidos rejeitam a tentativa de anexação da Crimeia por parte da Rússia e se comprometem a manter essa política até que se restabeleça a integridade territorial da Ucrânia", disse Pompeo.

"Os Estados Unidos reafirmam como política sua negativa a reconhecer as demandas de soberania do Kremlin sobre o território tomado à força em contravenção do direito internacional", acrescentou.

A declaração foi divulgada só uma hora antes de Pompeo depor sobre as relações entre os Estados Unidos e a Rússia depois da polêmica cúpula a portas fechadas entre Trump e o presidente russo, Vladimir Putin, em 16 de julho, em Helsinque.

Washington já acusou Putin de orquestrar uma tomada de controle na península da Crimeia.

No começo de 2014, com zonas da Ucrânia no total caos a partir de uma revolta popular em Kiev que depôs um presidente pró-russo, tropas russas se apoderaram da Crimeia. Foi convocado um referendo e em 18 de março do mesmo ano a Rússia a anexou formalmente ao seu território.

A Ucrânia e grande parte da comunidade internacional condenaram a medida como uma violação do direito internacional.

Pompeo pediu à Rússia que "ponha fim à sua ocupação da Crimeia" e disse que Moscou tentou "minar um princípio internacional fundamental" compartilhado pelos Estados democráticos, de que nenhum país pode alterar as fronteiras de outro à força.

"A Rússia agiu de uma forma indigna para uma grande nação e escolheu se isolar da comunidade internacional", destacou.