Apelo às Forças Armadas para segurança interior preocupa na Argentina
Buenos Aires, 26 Jul 2018 (AFP) - Milhares de pessoas se manifestaram nesta quinta-feira (26) em Buenos Aires em repúdio ao recente decreto assinado pelo presidente argentino, Mauricio Macri, que estende o poder das Forças Armadas ao âmbito civil, em especial a vigilância de fronteiras.
Macri atribuiu tarefas de segurança interior às forças militares, algo que lhes havia sido vetado, em um país sensível ao papel militar desde a repressão na última ditadura (1976-1983).
Ao anunciar a assinatura do decreto, o presidente reafirmou que a missão principal das Forças Armadas é "proteger a soberania nacional e a integridade do território".
No entanto, muitos cidadãos entendem que o anúncio esconde a intenção de militarizar as ruas ante o crescente mal-estar social. Por isso milhares de cidadãos se mobilizaram, primeiro em direção à central Praça de Maio e depois ao edifício Libertador, onde funcionam os escritórios do Estado-Maior Conjunto.
"Estamos muito doloridos com o que já vivemos na ditadura e por sorte há muitos jovens que estão tomando consciência de que isso aconteceu, não é um filme e nunca mais em nosso país vamos ter as Forças Armadas contra o povo", afirmou Virginia Fons, arquiteta aposentada de 67 anos.
"Com este decreto subjaz o risco de que as Forças Armadas, por ordem do próprio Poder Executivo, se excedam nas funções que o texto lhes atribui", opinou Gustavo Pérez, um professor universitário de 60 anos.
"No decreto se contemplam um conjunto de funções, como combater o narcotráfico, que em outros países se provou que quando (os militares) as cumprem (...), em vez de neutralizar o poder do narcotráfico terminam envolvidos com eles", analisou.
Macri atribuiu tarefas de segurança interior às forças militares, algo que lhes havia sido vetado, em um país sensível ao papel militar desde a repressão na última ditadura (1976-1983).
Ao anunciar a assinatura do decreto, o presidente reafirmou que a missão principal das Forças Armadas é "proteger a soberania nacional e a integridade do território".
No entanto, muitos cidadãos entendem que o anúncio esconde a intenção de militarizar as ruas ante o crescente mal-estar social. Por isso milhares de cidadãos se mobilizaram, primeiro em direção à central Praça de Maio e depois ao edifício Libertador, onde funcionam os escritórios do Estado-Maior Conjunto.
"Estamos muito doloridos com o que já vivemos na ditadura e por sorte há muitos jovens que estão tomando consciência de que isso aconteceu, não é um filme e nunca mais em nosso país vamos ter as Forças Armadas contra o povo", afirmou Virginia Fons, arquiteta aposentada de 67 anos.
"Com este decreto subjaz o risco de que as Forças Armadas, por ordem do próprio Poder Executivo, se excedam nas funções que o texto lhes atribui", opinou Gustavo Pérez, um professor universitário de 60 anos.
"No decreto se contemplam um conjunto de funções, como combater o narcotráfico, que em outros países se provou que quando (os militares) as cumprem (...), em vez de neutralizar o poder do narcotráfico terminam envolvidos com eles", analisou.
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