Partido de Imran Khan inicia discussões para formar governo no Paquistão
Islamabad, 28 Jul 2018 (AFP) - O partido de Imran Khan anunciou que iniciou as discussões para formar uma coalizão de governo com políticos independentes e pequenos partidos após sua vitória nas eleições legislativas no Paquistão.
Paralelamente, as formações rivais preparam manifestações contra a vitória eleitoral do Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), partido de Khan. A legitimidade de seu triunfo nas urnas é recheada de acusações de fraude eleitoral.
O PTI conquistou 115 cadeiras, de acordo com os últimos resultados parciais, publicados neste sábado, o que representa um resultado melhor do que o esperado, mas ainda longe dos 137 deputados necessários para formar um governo.
A segunda formação, Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), aparece com apenas 64 deputados.
O partido do ex-campeão de críquete começou a negociar com possíveis aliados, o que poderia durar dez dias, segundo o porta-voz do PTI, Fawad Chaudhry.
"Entramos em contato com pequenos partidos e deputados independentes. Logo se reunirão com os responsáveis pelo partido em Islamabad", disse Chaudhry na sexta-feira.
Um dos representantes do PTI, Naeem ul Haq, garantiu neste sábado que espera formar um governo antes do dia 14 de agosto, o Dia da Independência do Paquistão.
"Esperamos que Imran Khan seja eleito primeiro-ministro antes de 14 de agosto", disse Naeem ul Haq a repórteres.
Antes do início das negociações entre as partes, os rivais de Khan decidiram forçar um "movimento" de protestos para questionar a legitimidade de sua vitória, depois que observadores estrangeiros expressaram dúvidas.
A missão de observadores da UE denunciou "restrições à liberdade de expressão" e uma "notável ausência de igualdade" de condições, o que as faz com que estas eleições "não estejam à altura" das anteriores legislativas de 2013.
Os Estados Unidos, que compartilham as críticas dos observadores europeus, também expressaram seu "desconforto com as irregularidades" durante a campanha.
Uma dúzia de partidos que contestam o resultado das eleições, incluindo o até então governante PML-N, liderado por Shahbaz Sharif, irmão do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, criaram a All Parties Conference (APC).
As estratégias dentro da APC, contudo, são divergentes, alguns partidos querem boicotar o novo Parlamento, outros exigem novas eleições.
A terceira formação mais votada, o Partido do Povo do Paquistão (PPP), liderado por Bilawal Bhutto, filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto assassinada em 2007, não participa desta Conferência.
O PPP anunciou que rejeita o resultado das eleições, mas vai tentar convencer outras formações para participar n no novo Parlamento.
As forças derrotadas acusam o partido de Imran Khan, cuja vitória termina com décadas de alternância de poder entre o PML-N e o PPP, de ter vencido graças ao apoio incondicional dos militares.
bur-sjd-ds/mtp/lch/jhd/eb/pa/mr
Paralelamente, as formações rivais preparam manifestações contra a vitória eleitoral do Paquistão Tehreek-e-Insaf (PTI), partido de Khan. A legitimidade de seu triunfo nas urnas é recheada de acusações de fraude eleitoral.
O PTI conquistou 115 cadeiras, de acordo com os últimos resultados parciais, publicados neste sábado, o que representa um resultado melhor do que o esperado, mas ainda longe dos 137 deputados necessários para formar um governo.
A segunda formação, Liga Muçulmana do Paquistão-Nawaz (PML-N), aparece com apenas 64 deputados.
O partido do ex-campeão de críquete começou a negociar com possíveis aliados, o que poderia durar dez dias, segundo o porta-voz do PTI, Fawad Chaudhry.
"Entramos em contato com pequenos partidos e deputados independentes. Logo se reunirão com os responsáveis pelo partido em Islamabad", disse Chaudhry na sexta-feira.
Um dos representantes do PTI, Naeem ul Haq, garantiu neste sábado que espera formar um governo antes do dia 14 de agosto, o Dia da Independência do Paquistão.
"Esperamos que Imran Khan seja eleito primeiro-ministro antes de 14 de agosto", disse Naeem ul Haq a repórteres.
Antes do início das negociações entre as partes, os rivais de Khan decidiram forçar um "movimento" de protestos para questionar a legitimidade de sua vitória, depois que observadores estrangeiros expressaram dúvidas.
A missão de observadores da UE denunciou "restrições à liberdade de expressão" e uma "notável ausência de igualdade" de condições, o que as faz com que estas eleições "não estejam à altura" das anteriores legislativas de 2013.
Os Estados Unidos, que compartilham as críticas dos observadores europeus, também expressaram seu "desconforto com as irregularidades" durante a campanha.
Uma dúzia de partidos que contestam o resultado das eleições, incluindo o até então governante PML-N, liderado por Shahbaz Sharif, irmão do ex-primeiro-ministro Nawaz Sharif, criaram a All Parties Conference (APC).
As estratégias dentro da APC, contudo, são divergentes, alguns partidos querem boicotar o novo Parlamento, outros exigem novas eleições.
A terceira formação mais votada, o Partido do Povo do Paquistão (PPP), liderado por Bilawal Bhutto, filho da ex-primeira-ministra Benazir Bhutto assassinada em 2007, não participa desta Conferência.
O PPP anunciou que rejeita o resultado das eleições, mas vai tentar convencer outras formações para participar n no novo Parlamento.
As forças derrotadas acusam o partido de Imran Khan, cuja vitória termina com décadas de alternância de poder entre o PML-N e o PPP, de ter vencido graças ao apoio incondicional dos militares.
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