Inflação da Argentina chegará a 30% este ano, admite Macri
Buenos Aires, 31 Jul 2018 (AFP) - O presidente argentino, Mauricio Macri, afirmou nesta terça-feira que a inflação chegará a 30% neste ano, o dobro do previsto em dezembro, como consequência da "tormenta" econômica que o país atravessa.
"Vamos terminar este ano com uma inflação de cerca de 30%, infelizmente, resultado desta tormenta e da alta do dólar", disse o presidente à Radio Cadena 3.
Em sua campanha eleitoral em 2015, Macri havia apontado que "a coisa mais fácil" era reduzir a inflação, um problema que tem sido um dos maiores desafios econômicos do país nos últimos anos.
Segundo dados oficiais, a inflação foi de 16% no primeiro semestre do ano e medida em 12 meses em junho foi de 29,5% - superior aos 24,8% de 2017.
"Eu queria reduzir rapidamente a inflação e os gastos públicos tomando consciência, mas isso não funciona. Temos que reduzir o déficit mais rapidamente para que possamos reduzir a inflação", disse o presidente na terça-feira.
O déficit fiscal primário, antes do pagamento da dívida, ficou em 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. O governo se comprometeu a reduzi-lo gradualmente a zero até 2020, quando assinou há quase dois meses um acordo de crédito urgente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Depois de uma desvalorização acumulada de 35% até agora neste ano, e de um aumento da taxa de juros acima de 40%, a Argentina começou a sentir os efeitos de uma desaceleração econômica. A atividade caiu 5,8% em relação ao ano anterior em maio, de acordo com o instituto oficial de estatísticas Indec.
Medidas impopulares, como demissões no Estado e cortes no orçamento, aumentaram a tensão social. Macri sofreu três greves gerais e dezenas de manifestações pedindo uma política favorável ao emprego e à produção.
A pobreza permanece perto de 30% da população e o desemprego está em torno de 9%. As reservas do Banco Central caíram mais de 15 bilhões de dólares como resultado da corrida cambiária desde abril.
dm/mls-gm/ll/cc
"Vamos terminar este ano com uma inflação de cerca de 30%, infelizmente, resultado desta tormenta e da alta do dólar", disse o presidente à Radio Cadena 3.
Em sua campanha eleitoral em 2015, Macri havia apontado que "a coisa mais fácil" era reduzir a inflação, um problema que tem sido um dos maiores desafios econômicos do país nos últimos anos.
Segundo dados oficiais, a inflação foi de 16% no primeiro semestre do ano e medida em 12 meses em junho foi de 29,5% - superior aos 24,8% de 2017.
"Eu queria reduzir rapidamente a inflação e os gastos públicos tomando consciência, mas isso não funciona. Temos que reduzir o déficit mais rapidamente para que possamos reduzir a inflação", disse o presidente na terça-feira.
O déficit fiscal primário, antes do pagamento da dívida, ficou em 3,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017. O governo se comprometeu a reduzi-lo gradualmente a zero até 2020, quando assinou há quase dois meses um acordo de crédito urgente com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
Depois de uma desvalorização acumulada de 35% até agora neste ano, e de um aumento da taxa de juros acima de 40%, a Argentina começou a sentir os efeitos de uma desaceleração econômica. A atividade caiu 5,8% em relação ao ano anterior em maio, de acordo com o instituto oficial de estatísticas Indec.
Medidas impopulares, como demissões no Estado e cortes no orçamento, aumentaram a tensão social. Macri sofreu três greves gerais e dezenas de manifestações pedindo uma política favorável ao emprego e à produção.
A pobreza permanece perto de 30% da população e o desemprego está em torno de 9%. As reservas do Banco Central caíram mais de 15 bilhões de dólares como resultado da corrida cambiária desde abril.
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