Oposição no Zimbábue reivindica vitória eleitoral
Harare, 31 Jul 2018 (AFP) - O partido de oposição Movimento para a Mudança Democrática (MDC) reivindicou nesta terça-feira (31) a vitória de Nelson Chamisa nas primeiras eleições do Zimbábue após 40 anos de governo de Robert Mugabe, mas o governo ameaçou prender os líderes da oposição por anunciar os resultados.
"Na qualidade de governo, constatamos com preocupação as ações e o comportamento de certos líderes de partidos políticos que declaram publicamente resultados sem levar em conta as disposições legais", declarou o ministro do Interior, Obert Mpofu, à imprensa em Harare.
"Estou certo de que ninguém deseja provocar a ira da lei e arriscar-se a ser enviado para a prisão", ameaçou.
Por sua vez, o presidente Emmerson Mnangagwa, líder do ZANU-PF, disse que a informação que dispunha era "extremamente positiva" sobre suas perspectivas de vitória.
Seus adversários evocaram a possibilidade de apresentar denúncias por fraudes.
Esta manhã, Tandai Biti, um dos principais líderes do MDC havia reivindicado a vitória de seu candidato.
"Os resultados mostram, para além de qualquer dúvida, que ganhamos as eleições e que o próximo presidente do Zimbábue é Nelson Chamisa", declarou Biti, que é ex-ministro das Finanças.
"Contudo, estamos muito preocupados com as evidências de interferência (...) há um atraso deliberado no anúncio dos resultados", denunciou.
Muito criticada pela oposição durante todo o processo eleitoral, a comissão eleitoral garantiu que "não houve qualquer fraude" nas eleições.
"Sejam quais forem nossos resultados, refletirão exatamente o que o povo decidiu", garantiu a presidente da comissão, Priscilla Chigumba.
Tanto Emmerson Mnangagwa quanto o opositor Nelson Chamisa chegaram a celebrar vitória.
Os resultados oficiais das eleições presidencial, legislativa e municipal ainda não foram anunciados. Os principais partidos na briga são o Zanu-PF, no poder desde 1980, e o Movimento para a Mudança Democrática (MDC).
As autoridades eleitorais consideraram que a participação era de 75% uma hora antes do fechamento dos colégios eleitorais na segunda-feira.
Os observadores da União Europeia, antes vetados, estiveram presentes pela primeira vez em anos e informaram que houve uma alta participação, mas advertiram para possíveis "deficiências" no processo.
A missão publicará um informe nesta quarta-feira.
Com um universo eleitoral de 5,6 milhões de eleitores registrados, os resultados serão publicados em 4 de agosto.
Se nenhum candidato à Presidência chegar a 50%, será realizado um segundo turno em 8 de setembro.
Mugabe, de 94 anos, que foi deposto pelos militares em novembro, votou em Harare, acompanhado da mulher, Grace.
No domingo, deu uma surpreendente entrevista coletiva em sua mansão, estimulando o voto contra seu partido, o ZANU-PAF.
O sucessor de Mugabe prometeu mudanças e é franco favorito, beneficiando-se do apoio tácito dos militares, da lealdade da imprensa estatal e do controle dos recursos governamentais que tem seu partido.
"O Zimbábue experimentou uma bela expressão de liberdade e democracia. Milhões de pessoas votaram com espírito de tolerância, respeito mútuo e paz", escreveu Mnangagwa no Twitter após o encerramento da votação.
Seu rival, um advogado e pastor de 40 anos, obteve grande apoio nas pesquisas atraindo o voto dos jovens.
A votação transcorreu sem grandes incidentes, apesar das advertências do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que alertou sobre intimidação e ameaças durante a campanha.
O novo governo enfrentará a tarefa de lutar contra o desemprego endêmico e uma economia em ruínas, que fez os investidores fugirem.
"Na qualidade de governo, constatamos com preocupação as ações e o comportamento de certos líderes de partidos políticos que declaram publicamente resultados sem levar em conta as disposições legais", declarou o ministro do Interior, Obert Mpofu, à imprensa em Harare.
"Estou certo de que ninguém deseja provocar a ira da lei e arriscar-se a ser enviado para a prisão", ameaçou.
Por sua vez, o presidente Emmerson Mnangagwa, líder do ZANU-PF, disse que a informação que dispunha era "extremamente positiva" sobre suas perspectivas de vitória.
Seus adversários evocaram a possibilidade de apresentar denúncias por fraudes.
Esta manhã, Tandai Biti, um dos principais líderes do MDC havia reivindicado a vitória de seu candidato.
"Os resultados mostram, para além de qualquer dúvida, que ganhamos as eleições e que o próximo presidente do Zimbábue é Nelson Chamisa", declarou Biti, que é ex-ministro das Finanças.
"Contudo, estamos muito preocupados com as evidências de interferência (...) há um atraso deliberado no anúncio dos resultados", denunciou.
Muito criticada pela oposição durante todo o processo eleitoral, a comissão eleitoral garantiu que "não houve qualquer fraude" nas eleições.
"Sejam quais forem nossos resultados, refletirão exatamente o que o povo decidiu", garantiu a presidente da comissão, Priscilla Chigumba.
Tanto Emmerson Mnangagwa quanto o opositor Nelson Chamisa chegaram a celebrar vitória.
Os resultados oficiais das eleições presidencial, legislativa e municipal ainda não foram anunciados. Os principais partidos na briga são o Zanu-PF, no poder desde 1980, e o Movimento para a Mudança Democrática (MDC).
As autoridades eleitorais consideraram que a participação era de 75% uma hora antes do fechamento dos colégios eleitorais na segunda-feira.
Os observadores da União Europeia, antes vetados, estiveram presentes pela primeira vez em anos e informaram que houve uma alta participação, mas advertiram para possíveis "deficiências" no processo.
A missão publicará um informe nesta quarta-feira.
Com um universo eleitoral de 5,6 milhões de eleitores registrados, os resultados serão publicados em 4 de agosto.
Se nenhum candidato à Presidência chegar a 50%, será realizado um segundo turno em 8 de setembro.
Mugabe, de 94 anos, que foi deposto pelos militares em novembro, votou em Harare, acompanhado da mulher, Grace.
No domingo, deu uma surpreendente entrevista coletiva em sua mansão, estimulando o voto contra seu partido, o ZANU-PAF.
O sucessor de Mugabe prometeu mudanças e é franco favorito, beneficiando-se do apoio tácito dos militares, da lealdade da imprensa estatal e do controle dos recursos governamentais que tem seu partido.
"O Zimbábue experimentou uma bela expressão de liberdade e democracia. Milhões de pessoas votaram com espírito de tolerância, respeito mútuo e paz", escreveu Mnangagwa no Twitter após o encerramento da votação.
Seu rival, um advogado e pastor de 40 anos, obteve grande apoio nas pesquisas atraindo o voto dos jovens.
A votação transcorreu sem grandes incidentes, apesar das advertências do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que alertou sobre intimidação e ameaças durante a campanha.
O novo governo enfrentará a tarefa de lutar contra o desemprego endêmico e uma economia em ruínas, que fez os investidores fugirem.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.