Itália exige resposta da UE sobre migrantes bloqueados
Roma, 24 Ago 2018 (AFP) - O vice-presidente do Conselho Italiano, Luigi Di Maio, exigiu da União Europeia (UE) uma solução para a distribuição dos migrantes atualmente bloqueados no porto de Catânia (Sicília), na embarcação Diciotti.
"Tivemos a oportunidade de ver nos últimos meses como a UE responde a uma linha moderada ou a uma linha dura", comentou Di Maio, líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E).
"Seguindo a linha dura vou fazer outra proposta (...). Se a UE permanecer em sua linha e não decidir nada sobre a distribuição dos emigrantes que estão na embarcação Diciotti, o M5E não estará mais disposto a dar os 20 bilhões de euros que a Itália concede a cada ano aos orçamentos da UE", ameaçou Di Maio em uma mensagem no Facebook.
A maior parte do orçamento da UE procede diretamente dos Estados membros, de acordo com seu nível de riqueza e recebe uma parte em troca.
A Itália é o terceiro país que mais contribui (atrás de Alemanha e França) entrega mais do que recebe: quase 20 bilhões de euros contra 14 bilhões em troca.
A diferença é motivada por um problema da Itália para ter acesso a mais fundos, de acordo com fontes locais.
O novo caso dos migrantes será abordado em uma reunião nesta sexta-feira entre altos funcionários da UE.
A pressão do governo italiano acontece após a nova recusa do ministro do Interior, Matteo Salvini, líder do partido de direita Liga, a autorizar o desembarque 150 migrantes, a maioria procedentes da Eritreia, que estão a bordo do Diciotti.
"A Europa unida surgiu ao redor de princípios como a solidariedade, mas se não é capaz de distribuir 170 pessoas em seu território, então há graves problemas com seus princípios", comentou Di Maio.
Os imigrantes foram resgatados na quinta-feira da semana passada e, depois de vários dias à deriva, a Itália autorizou a entrada do barco em Catania, mas sem permitir o desembarque.
Por pressões da justiça local, Salvini autorizou o desembarque de 27 menores de idade, que foram levados para abrigos.
Salvini afirmou na quinta-feia que a Itália não vai virar um "campo de refugiados" da Europa.
O novo governo italiano, uma coalizão entre a Liga e o M5E, pressiona a UE para administrar a chegada dos migrantes e exige a distribuição entre vários países.
Roma impede ainda o acesso aos portos italianos dos barcos das ONG e associações humanitárias que resgatam migrantes no Mediterrâneo.
bur-kv/fp
"Tivemos a oportunidade de ver nos últimos meses como a UE responde a uma linha moderada ou a uma linha dura", comentou Di Maio, líder do partido antissistema Movimento 5 Estrelas (M5E).
"Seguindo a linha dura vou fazer outra proposta (...). Se a UE permanecer em sua linha e não decidir nada sobre a distribuição dos emigrantes que estão na embarcação Diciotti, o M5E não estará mais disposto a dar os 20 bilhões de euros que a Itália concede a cada ano aos orçamentos da UE", ameaçou Di Maio em uma mensagem no Facebook.
A maior parte do orçamento da UE procede diretamente dos Estados membros, de acordo com seu nível de riqueza e recebe uma parte em troca.
A Itália é o terceiro país que mais contribui (atrás de Alemanha e França) entrega mais do que recebe: quase 20 bilhões de euros contra 14 bilhões em troca.
A diferença é motivada por um problema da Itália para ter acesso a mais fundos, de acordo com fontes locais.
O novo caso dos migrantes será abordado em uma reunião nesta sexta-feira entre altos funcionários da UE.
A pressão do governo italiano acontece após a nova recusa do ministro do Interior, Matteo Salvini, líder do partido de direita Liga, a autorizar o desembarque 150 migrantes, a maioria procedentes da Eritreia, que estão a bordo do Diciotti.
"A Europa unida surgiu ao redor de princípios como a solidariedade, mas se não é capaz de distribuir 170 pessoas em seu território, então há graves problemas com seus princípios", comentou Di Maio.
Os imigrantes foram resgatados na quinta-feira da semana passada e, depois de vários dias à deriva, a Itália autorizou a entrada do barco em Catania, mas sem permitir o desembarque.
Por pressões da justiça local, Salvini autorizou o desembarque de 27 menores de idade, que foram levados para abrigos.
Salvini afirmou na quinta-feia que a Itália não vai virar um "campo de refugiados" da Europa.
O novo governo italiano, uma coalizão entre a Liga e o M5E, pressiona a UE para administrar a chegada dos migrantes e exige a distribuição entre vários países.
Roma impede ainda o acesso aos portos italianos dos barcos das ONG e associações humanitárias que resgatam migrantes no Mediterrâneo.
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