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Estados Unidos criticam novo plano europeu de ajuda ao Irã

Brian Hook, representante especial do departamento de Estado para o Irã - Cliff Owen/AP Photo
Brian Hook, representante especial do departamento de Estado para o Irã Imagem: Cliff Owen/AP Photo

Em Washington

25/08/2018 00h32

O plano de ajuda ao Irã anunciado pela União Europeia constitui uma "má mensagem" e ajuda o regime de Teerã a ignorar "as necessidades da sua população", denunciou nesta sexta-feira (25) o governo dos Estados Unidos.

Esta série de medidas em favor do Irã, anunciada na quinta-feira em Bruxelas, visa "apoiar um desenvolvimento econômico e social durável na República Islâmica do Irã", segundo a Comissão Europeia.

O plano "envia uma má mensagem em um mau momento", declarou nesta sexta o representante especial dos EUA para o Irã, Brian Hook.

"[Estas] ajudas externas de parte do contribuinte europeu perpetuam a capacidade do regime de ignorar as necessidades de sua população. Colocar mais dinheiro nas mãos do aiatolá significa mais dinheiro para assassinatos nos próprios países europeus", disse Hook.

"O povo iraniano enfrenta pressões econômicas reais devido à corrupção, à má gestão e aos investimentos no terrorismo e nos conflitos no exterior de seu governo."

Hook avaliou que "Estados Unidos e União Europeia deveriam trabalhar juntos para encontrar soluções duráveis que apoiem verdadeiramente o povo iraniano e acabem com as ameaças do regime à estabilidade regional e mundial".

A Comissão Europeia comunicou na véspera a "adoção de uma primeira série de projetos, totalizando 18 milhões de euros, 8 dos quais em favor do setor privado" no Irã.

"Os projetos adotados (...) são os primeiros de um conjunto de medidas mais vastas, totalizando 50 milhões de euros, visando ajudar o Irã a enfrentar seus principais desafios econômicos e sociais", segundo a Comissão.

Após sua saída unilateral do acordo nuclear firmado em 2015 entre Teerã e as grandes potências, Washington restabeleceu, no início de agosto, uma série de sanções contra o Irã e fez uma advertência aos países que continuam negociando com o governo iraniano.