Igreja pede opinião 'serena, livre e voluntária' sobre nova Constituição em Cuba
Havana, 27 Ago 2018 (AFP) - O presidente da Conferência Episcopal de Cuba, Emilio Aranguren, pediu aos católicos que opinem de forma "serena, livre e voluntária" nas atuais reuniões populares sobre a nova Constituição da República.
"Compartilho alguns critérios que podem sustentar uma participação serena, livre e voluntária" nesses debates populares realizados na ilha de 13 de agosto a 15 de novembro.
A carta de Aranguren aos fiéis está no site da arquidiocese de Holguín (leste), onde é bispo, e foi lida nas igrejas desta província e de Tunas, neste final de semana.
A nova Carta Magna, aprovada pelo Parlamento em julho, será submetida à opinião da população em reuniões nos centros trabalhistas, estudantis e de bairros.
Para este processo de discussão foram convocados 8,5 milhões de habitantes maiores de 16 anos e 1,4 milhão de emigrados.
Seu resultado deverá ser aprovado em um referendo nacional em 24 de fevereiro do ano que vem.
Para Aranguren, deve-se participar das reuniões "afastando de nós toda atitude de medo, apatia ou indiferença para, desta maneira, dar a nossa contribuição sincera com o desejo de avançar na construção de uma Pátria" sob o ideal do herói nacional José Martí, "com todos e para o bem de todos".
O projeto constitucional, entre outras reformas, reconhecerá o papel do mercado e a atividade privada na economia socialista da ilha, embora sempre sob a tutela do único e governante Partido Comunista de Cuba (PCC).
Também restituirá a figura do presidente da República - atual presidente dos Conselhos de Estado e Ministros - e será criado o cargo de primeiro-ministro.
O bispo reconhece que por "viver em um entorno tão ideologizado, fica difícil trocar ideias sobre questões de índole política".
"Arrastamos preconceitos, predisposições e, inclusive, experiências dolorosas que marcaram e influenciaram muitos de nós, e, em alguns, isso gera e justifica uma postura de retração à espera de que seja outro a nos dizer o que fazer", acrescentou.
O hierarca católico não menciona o tema do casamento igualitário, um dos mais polêmicos do projeto, embora esclareça que, "no futuro, espero voltar a escrever a vocês para tratar sobre outros temas que requerem ser pensados e rezados a partir da ética cristã".
Em 9 de agosto, o presidente da Comissão Nacional pastoral familiar, Wilfredo Pino, bispo de Camagüey (leste), parabenizou seu contraparte da Argentina, Pedro M. Laxague, pelo rechaço parlamentar ao aborto livre.
"Queremos expressar nestas linhas a nossa felicitação e nossa proximidade por tal acontecimento. Ganhou a vida! Muitos inocentes serão salvos da morte!", disse em sua carta publicada no site da Conferência Episcopal.
Em Cuba o aborto é livre e gratuito há meio século.
"Compartilho alguns critérios que podem sustentar uma participação serena, livre e voluntária" nesses debates populares realizados na ilha de 13 de agosto a 15 de novembro.
A carta de Aranguren aos fiéis está no site da arquidiocese de Holguín (leste), onde é bispo, e foi lida nas igrejas desta província e de Tunas, neste final de semana.
A nova Carta Magna, aprovada pelo Parlamento em julho, será submetida à opinião da população em reuniões nos centros trabalhistas, estudantis e de bairros.
Para este processo de discussão foram convocados 8,5 milhões de habitantes maiores de 16 anos e 1,4 milhão de emigrados.
Seu resultado deverá ser aprovado em um referendo nacional em 24 de fevereiro do ano que vem.
Para Aranguren, deve-se participar das reuniões "afastando de nós toda atitude de medo, apatia ou indiferença para, desta maneira, dar a nossa contribuição sincera com o desejo de avançar na construção de uma Pátria" sob o ideal do herói nacional José Martí, "com todos e para o bem de todos".
O projeto constitucional, entre outras reformas, reconhecerá o papel do mercado e a atividade privada na economia socialista da ilha, embora sempre sob a tutela do único e governante Partido Comunista de Cuba (PCC).
Também restituirá a figura do presidente da República - atual presidente dos Conselhos de Estado e Ministros - e será criado o cargo de primeiro-ministro.
O bispo reconhece que por "viver em um entorno tão ideologizado, fica difícil trocar ideias sobre questões de índole política".
"Arrastamos preconceitos, predisposições e, inclusive, experiências dolorosas que marcaram e influenciaram muitos de nós, e, em alguns, isso gera e justifica uma postura de retração à espera de que seja outro a nos dizer o que fazer", acrescentou.
O hierarca católico não menciona o tema do casamento igualitário, um dos mais polêmicos do projeto, embora esclareça que, "no futuro, espero voltar a escrever a vocês para tratar sobre outros temas que requerem ser pensados e rezados a partir da ética cristã".
Em 9 de agosto, o presidente da Comissão Nacional pastoral familiar, Wilfredo Pino, bispo de Camagüey (leste), parabenizou seu contraparte da Argentina, Pedro M. Laxague, pelo rechaço parlamentar ao aborto livre.
"Queremos expressar nestas linhas a nossa felicitação e nossa proximidade por tal acontecimento. Ganhou a vida! Muitos inocentes serão salvos da morte!", disse em sua carta publicada no site da Conferência Episcopal.
Em Cuba o aborto é livre e gratuito há meio século.
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