Relator da CIDH preocupado com situação de manifestantes presos na Nicarágua
Manágua, 20 Set 2018 (AFP) - O relator da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), Joel Hernández, expressou nesta quinta-feira (20) a sua preocupação com a situação dos detidos na Nicarágua por participarem dos protestos contra o governo de Daniel Ortega.
"Vemos que esta população de pessoas privadas de liberdade se encontra em uma situação de fragilidade e é necessário velar por seus direitos humanos", declarou à AFP Hernández, relator da CIDH para os direitos dos detidos.
Hernández chegou na terça-feira ao país com a intenção de visitar a prisão de El Chipote, em Manágua, onde a maioria dos manifestantes presos é investigada, assim como prisões de La Esperanza (de mulheres) e La Modelo (de homens), onde estão os reclusos que têm processos ou foram condenados.
"Infelizmente não tivemos acesso às prisões", lamentou Hernández pouco antes de deixar a Nicarágua.
"Também solicitamos uma série de reuniões com autoridades nicaraguenses com o objetivo de trocar informações, comparar informações que temos para obtermos uma visão muito mais completa", mas tampouco responderam a esse pedido, indicou.
Contudo, conseguiu se reunir com familiares de manifestantes presos, seus advogados e representantes da sociedade civil.
Os familiares expressaram "muitas preocupações" sobre a situação dos detidos e "sobre os julgamentos e as condições nas quais estão presos" seus entes queridos, disse Hernández.
"Estamos atentos a esses depoimentos para ter uma visão global da situação" dos prisioneiros no contexto dos protestos, acrescentou.
Ao menos 500 nicaraguenses estão detidos por dirigir, participar ou apoiar os protestos contra o governo, que começaram em abril e cuja repressão deixa mais de 320 mortos, segundo o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
"Vemos que esta população de pessoas privadas de liberdade se encontra em uma situação de fragilidade e é necessário velar por seus direitos humanos", declarou à AFP Hernández, relator da CIDH para os direitos dos detidos.
Hernández chegou na terça-feira ao país com a intenção de visitar a prisão de El Chipote, em Manágua, onde a maioria dos manifestantes presos é investigada, assim como prisões de La Esperanza (de mulheres) e La Modelo (de homens), onde estão os reclusos que têm processos ou foram condenados.
"Infelizmente não tivemos acesso às prisões", lamentou Hernández pouco antes de deixar a Nicarágua.
"Também solicitamos uma série de reuniões com autoridades nicaraguenses com o objetivo de trocar informações, comparar informações que temos para obtermos uma visão muito mais completa", mas tampouco responderam a esse pedido, indicou.
Contudo, conseguiu se reunir com familiares de manifestantes presos, seus advogados e representantes da sociedade civil.
Os familiares expressaram "muitas preocupações" sobre a situação dos detidos e "sobre os julgamentos e as condições nas quais estão presos" seus entes queridos, disse Hernández.
"Estamos atentos a esses depoimentos para ter uma visão global da situação" dos prisioneiros no contexto dos protestos, acrescentou.
Ao menos 500 nicaraguenses estão detidos por dirigir, participar ou apoiar os protestos contra o governo, que começaram em abril e cuja repressão deixa mais de 320 mortos, segundo o Centro Nicaraguense de Direitos Humanos (Cenidh).
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