Presidente do Vietnã morre aos 61 anos
Hanói, 21 Set 2018 (AFP) - O presidente do Vietnã, Tran Dai Quang, figura importante dos conservadores do país dentro do regime comunista, morreu nesta sexta-feira, aos 61 anos, anunciou a agência de informação estatal VNA.
"O presidente Tran Dai morreu no hospital militar durante a manhã", afirma um boletim da agência oficial VNA (Vietnam News Agency).
O chefe de Estado vietnamita estava gravemente doente há vários meses, mas continuava exercendo as funções oficiais, apesar do evidente cansaço e da perda de peso. As autoridades não divulgaram até o momento a natureza exata da enfermidade.
O presidente Tran Dai Quang integrava o duo conservador que governava o país desde 2016 com o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc.
Além de seu papel honorário como presidente, era um dos homens cruciais do regime dentro do poderoso gabinete político do Partido Comunista do Vietnã, (PCV), o verdadeiro centro de poder que designa o presidente.
A instância de direção do partido é responsável por tomar as decisões mais importantes do país. No Vietnã o principal nome do regime é o secretário-geral do PCV, Nguyen Phu Trong.
A morte do presidente não desestabiliza o regime comunista, que governa o país há várias décadas e que neste caso teve tempo suficiente de preparação para o falecimento de Tran Dai Quang.
Cuba, grande aliado político e econômico do Vietnã, lamentou através da agência estatal Prensa Latina "uma dolorosa perda pelo o que fez a favor da amizade e cooperação entre os dois países".
O dirigente falecido era o rosto do regime no cenário internacional, em especial durante a cúpula da APEC, que o Vietnã sediou em novembro do ano passado, e onde ele assumiu o papel de anfitrião do presidente americano, Donald Trump, e do líder chinês Xi Jinping, entre outros.
"O camarada Tran Dai Quang era um homem de Estado e de partido excepcional", comentou Geng Shuang, porta-voz da diplomacia chinesa, que citou "suas importantes contribuições às reformas e à abertura do Vietnã", assim como à "associação entre China e Vietnã".
O mandato de Tran Dai Quang também esteve marcado pelo agravamento do conflito com Pequim sobre a soberania territorial no mar da China meridional.
O ex-ministro da Segurança Pública, uma pasta fundamental para o regime autoritário, marcou seu mandato com a repressão a todas as vozes críticas em um país onde dezenas de políticos, jornalistas e blogueiros estão presos.
Esta foi a primeira vez que um general da polícia foi eleito presidente do Vietnã.
Sua vitória confirmou o domínio político dos conservadores, depois de um congresso do PCV em janeiro de 2016 marcado por lutas abertas entre conservadores e reformistas.
bur-dth/jvb/pb/fp/cc
"O presidente Tran Dai morreu no hospital militar durante a manhã", afirma um boletim da agência oficial VNA (Vietnam News Agency).
O chefe de Estado vietnamita estava gravemente doente há vários meses, mas continuava exercendo as funções oficiais, apesar do evidente cansaço e da perda de peso. As autoridades não divulgaram até o momento a natureza exata da enfermidade.
O presidente Tran Dai Quang integrava o duo conservador que governava o país desde 2016 com o primeiro-ministro Nguyen Xuan Phuc.
Além de seu papel honorário como presidente, era um dos homens cruciais do regime dentro do poderoso gabinete político do Partido Comunista do Vietnã, (PCV), o verdadeiro centro de poder que designa o presidente.
A instância de direção do partido é responsável por tomar as decisões mais importantes do país. No Vietnã o principal nome do regime é o secretário-geral do PCV, Nguyen Phu Trong.
A morte do presidente não desestabiliza o regime comunista, que governa o país há várias décadas e que neste caso teve tempo suficiente de preparação para o falecimento de Tran Dai Quang.
Cuba, grande aliado político e econômico do Vietnã, lamentou através da agência estatal Prensa Latina "uma dolorosa perda pelo o que fez a favor da amizade e cooperação entre os dois países".
O dirigente falecido era o rosto do regime no cenário internacional, em especial durante a cúpula da APEC, que o Vietnã sediou em novembro do ano passado, e onde ele assumiu o papel de anfitrião do presidente americano, Donald Trump, e do líder chinês Xi Jinping, entre outros.
"O camarada Tran Dai Quang era um homem de Estado e de partido excepcional", comentou Geng Shuang, porta-voz da diplomacia chinesa, que citou "suas importantes contribuições às reformas e à abertura do Vietnã", assim como à "associação entre China e Vietnã".
O mandato de Tran Dai Quang também esteve marcado pelo agravamento do conflito com Pequim sobre a soberania territorial no mar da China meridional.
O ex-ministro da Segurança Pública, uma pasta fundamental para o regime autoritário, marcou seu mandato com a repressão a todas as vozes críticas em um país onde dezenas de políticos, jornalistas e blogueiros estão presos.
Esta foi a primeira vez que um general da polícia foi eleito presidente do Vietnã.
Sua vitória confirmou o domínio político dos conservadores, depois de um congresso do PCV em janeiro de 2016 marcado por lutas abertas entre conservadores e reformistas.
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