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Trump diz que "todas as opções estão sobre a mesa" na Venezuela

26/09/2018 11h18

Nações Unidas, Estados Unidos, 26 Set 2018 (AFP) - O presidente americano, Donald Trump, afirmou nesta quarta-feira aos jornalistas na ONU que "todas as opções" estão sobre a mesa na Venezuela.

"Todas as opções estão na mesa, todas. As fortes e as menos fortes", disse Trump à margem da Assembleia Geral da ONU.

"E vocês sabem o que quero dizer com forte", completou, em uma referência tácita a uma possível intervenção militar americana.

"Eu só quero que a Venezuela endireitada. Quero que as pessoas tenham segurança. Vamos cuidar da Venezuela. O que acontece na Venezuela é uma vergonha", completou.

O presidente americano, no entanto, afirmou que estaria disposto a reunir-se com o seu colega venezuelano Nicolás Maduro se este desejar e viajar a Nova York.

"Certamente estou aberto a isto. Eu estaria disposto a reunir-me com qualquer pessoa", respondeu ao ser questionado sobre um possível encontro.

Na terça-feira, Trump indicou que Maduro poderia ser derrubado "rapidamente" se os militares venezuelanos desejassem. Também anunciou sanções contra sua esposa, a primeira-dama Cilia Flores, e contra três de seus colaboradores mais próximos.

No ano passado, Trump disse que o governo dos Estados Unidos tinha uma "opção militar" na Venezuela, uma declaração que foi condenada por aliados americanos na América Latina.

Após duas décadas de governos chavistas a economia venezuelana está à beira do colapso: o país com maiores reservas de petróleo do mundo enfrenta uma escassez de alimentos e remédios que provocou o exílio de 1,6 milhão de venezuelanos desde 2015. De acordo com o FMI, a inflação no país pode alcançar 1.000.000% este ano.

O jornal New York Times informou este mês que diplomatas americanos se reuniram três vezes em segredo com militares venezuelanos que planejavam um golpe contra Maduro.

As reuniões incluíram um ex-comandante militar venezuelano que está na lista de sanções do governo americano, segundo o jornal.

Mas Washington não concedeu nenhum apoio material aos dissidentes e os planos de golpe foram abandonados após a recente detenção de dezenas de militares rebeldes, de acordo com o NYT.