Jesuíta especialista em temas de abuso sexual pede novas regras para julgar bispos
Roma, 27 Set 2018 (AFP) - O jesuíta alemão Hans Zollner, um dos maiores especialistas no tema de abusos sexuais na Igreja, pediu nesta quinta-feira (27) em Roma uma reforma do direito canônico para julgar os bispos abusadores, como solicitam leigos, religiosos e vítimas.
"O abuso sexual de menores é definido de forma muito vaga. Não se especifica (o delito) como ocorre nas leis penais dos outros Estados", explicou o religioso, teólogo e psicólogo, membro da Comissão Pontifícia de Menores criada pelo papa argentino.
"Beijar, abraçar, lançar elogios, até o estupro são ações específicas (nas legislações dos Estados) para as quais há uma punição. Isso não existe na Igreja", acrescentou Zollner, que também preside o Centro para a Proteção de Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana.
"Nesse sentido, é preciso mudar o direito canônico", afirmou durante um encontro com a imprensa estrangeira.
O religioso espera que o papa Francisco tome medidas concretas após a reunião mundial em fevereiro dos presidentes das conferências episcopais de todos os continentes convocadas para encarar o fenômeno, uma cúpula excepcional que deverá marcar uma mudança na instituição milenar.
O especialista considera que as "expectativas" sobre a reunião de fevereiro no Vaticano "são justificadas" para que a Igreja recupere seu prestígio na sociedade após os escândalos de pedofilia que sacodem a instituição há 25 anos.
"O abuso sexual de menores é definido de forma muito vaga. Não se especifica (o delito) como ocorre nas leis penais dos outros Estados", explicou o religioso, teólogo e psicólogo, membro da Comissão Pontifícia de Menores criada pelo papa argentino.
"Beijar, abraçar, lançar elogios, até o estupro são ações específicas (nas legislações dos Estados) para as quais há uma punição. Isso não existe na Igreja", acrescentou Zollner, que também preside o Centro para a Proteção de Menores da Pontifícia Universidade Gregoriana.
"Nesse sentido, é preciso mudar o direito canônico", afirmou durante um encontro com a imprensa estrangeira.
O religioso espera que o papa Francisco tome medidas concretas após a reunião mundial em fevereiro dos presidentes das conferências episcopais de todos os continentes convocadas para encarar o fenômeno, uma cúpula excepcional que deverá marcar uma mudança na instituição milenar.
O especialista considera que as "expectativas" sobre a reunião de fevereiro no Vaticano "são justificadas" para que a Igreja recupere seu prestígio na sociedade após os escândalos de pedofilia que sacodem a instituição há 25 anos.
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