Trump ordena investigação adicional do FBI sobre Kavanaugh nos EUA
Washington, 28 Set 2018 (AFP) - Sob uma crescente pressão nas fileiras republicanas, Donald Trump ordenou nesta sexta-feira (28) uma investigação do FBI sobre o seu indicado à Suprema Corte dos Estados Unidos, acusado de agressão sexual, atrasando uma aguardada votação do Senado sobre a confirmação do juiz Brett Kavanaugh.
O juiz conservador aceitou cooperar com a investigação, em uma semana na qual a sua indicação à mais alta instância jurídica americana esteve rodeada de uma intensa polêmica.
Essa decisão marca um fim, após um dia de intensa luta e viradas no Capitólio em torno da confirmação do juiz Kavanaugh, de 53 anos, e deixa sua entrada no tribunal na incerteza.
Os democratas pediram a investigação do FBI sobre as acusações de Christine Blasey Ford, de 51 anos, que diz que Kavanaugh tentou estuprá-la quando os dois eram estudantes em 1982.
Seu depoimento aos senadores comoveu grande parte dos americanos na quitna-feira, enquanto outros tomaram partido do juiz, em um país profundamente polarizado. Brett Kavanaugh negou categoricamente todas as acusações.
"Ordenei ao FBI que realize uma investigação suplementar para atualizar o arquivo do juiz Kavanaugh. Como o Senado solicitou, esta atualização deve ter alcance limitado e ser concluída em menos de uma semana", disse Trump em um comunicado.
As investigações serão "limitadas a acusações plausíveis" apresentadas contra o juiz conservador, anunciou o Comitê Judicial do Senado.
Finalmente, um senador republicano foi fundamental para o voto - Jeff Flake -, que conseguiu forçar a abertura de uma investigação.
Os republicanos têm uma maioria no Senado de 51 cadeiras, contra 49 dos democratas, pelo qual qualquer baixa é crítica.
Mas Jeff Flake, um senador moderado e muito crítico de Donald Trump, pareceu nesta tarde condicionar seu voto final a favor de Kavanaugh, mas antes a investigação deveria ser feita.
- Seguir o devido processo -Mais cedo nesta sexta-feira, Kavanaugh recebeu o aval do Comitê Judicial do Senado, cujos 21 membros votaram estritamente de acordo com a sua filiação política - os 11 republicanos a favor e os 10 democratas contra -, para recomendá-lo à votação no plenário da Câmara alta do Congresso.
Mas antes de votar "sim", o republicano pediu a abertura de uma investigação.
"Este país está sendo destruído", afirmou Flake, um republicano moderado e crítico de Trump. "E temos que nos assegurar de que sigamos o devido processo aqui", continuou.
O que está em jogo é crucial. Com várias acusações de agressão sexual, mas também profundamente enraizado na direita, Kavanaugh poderia inclinar a balança para o lado conservador na Suprema Corte, cujos juízes são nomeados pela vida toda.
Agora corresponde ao líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, decidir o cronograma.
A votação do Comitê foi realizada em meio a um clima de forte tensão política. Furiosos, vários democratas deixaram a sala, como sinal de protesto.
O Senado tem a palavra final sobre as indicações presidenciais à Suprema Corte, que decide sobre os temas sociais mais complexos, como o direito ao aborto, o casamento homossexual e a regulação das armas de fogo.
- Minha agressão não conta? -Há um grande suspense pelo voto de alguns senadores, que poderiam impulsionar a confirmação de Brett Kavanaugh.
Entre eles está Flake, que havia anunciado nesta sexta-feira de manhã que votaria "sim", antes de ser atacado nos corredores do Senado por mulheres indignadas.
"Você está me dizendo que a minha agressão não conta, que o que aconteceu comigo não conta e que você está deixando que as pessoas que fazem essas coisas cheguem ao poder", disse uma delas, enquanto dezenas de manifestantes também se reuniram na Suprema Corte.
Visivelmente afetado, e após as reuniões com seus companheiros democratas e republicanos, finalmente pediu que o voto final seja atrasado até que realizem a investigação sobre as acusações contra o juiz.
Pelo lado dos democratas, Joe Donnelly, um senador eleito em áreas de Indiana a favor de Trump, e que terá dificuldades para ser reeleito, anunciou nesta sexta que vai votar contra Brett Kavanaugh.
FORD MOTOR
O juiz conservador aceitou cooperar com a investigação, em uma semana na qual a sua indicação à mais alta instância jurídica americana esteve rodeada de uma intensa polêmica.
Essa decisão marca um fim, após um dia de intensa luta e viradas no Capitólio em torno da confirmação do juiz Kavanaugh, de 53 anos, e deixa sua entrada no tribunal na incerteza.
Os democratas pediram a investigação do FBI sobre as acusações de Christine Blasey Ford, de 51 anos, que diz que Kavanaugh tentou estuprá-la quando os dois eram estudantes em 1982.
Seu depoimento aos senadores comoveu grande parte dos americanos na quitna-feira, enquanto outros tomaram partido do juiz, em um país profundamente polarizado. Brett Kavanaugh negou categoricamente todas as acusações.
"Ordenei ao FBI que realize uma investigação suplementar para atualizar o arquivo do juiz Kavanaugh. Como o Senado solicitou, esta atualização deve ter alcance limitado e ser concluída em menos de uma semana", disse Trump em um comunicado.
As investigações serão "limitadas a acusações plausíveis" apresentadas contra o juiz conservador, anunciou o Comitê Judicial do Senado.
Finalmente, um senador republicano foi fundamental para o voto - Jeff Flake -, que conseguiu forçar a abertura de uma investigação.
Os republicanos têm uma maioria no Senado de 51 cadeiras, contra 49 dos democratas, pelo qual qualquer baixa é crítica.
Mas Jeff Flake, um senador moderado e muito crítico de Donald Trump, pareceu nesta tarde condicionar seu voto final a favor de Kavanaugh, mas antes a investigação deveria ser feita.
- Seguir o devido processo -Mais cedo nesta sexta-feira, Kavanaugh recebeu o aval do Comitê Judicial do Senado, cujos 21 membros votaram estritamente de acordo com a sua filiação política - os 11 republicanos a favor e os 10 democratas contra -, para recomendá-lo à votação no plenário da Câmara alta do Congresso.
Mas antes de votar "sim", o republicano pediu a abertura de uma investigação.
"Este país está sendo destruído", afirmou Flake, um republicano moderado e crítico de Trump. "E temos que nos assegurar de que sigamos o devido processo aqui", continuou.
O que está em jogo é crucial. Com várias acusações de agressão sexual, mas também profundamente enraizado na direita, Kavanaugh poderia inclinar a balança para o lado conservador na Suprema Corte, cujos juízes são nomeados pela vida toda.
Agora corresponde ao líder da maioria republicana do Senado, Mitch McConnell, decidir o cronograma.
A votação do Comitê foi realizada em meio a um clima de forte tensão política. Furiosos, vários democratas deixaram a sala, como sinal de protesto.
O Senado tem a palavra final sobre as indicações presidenciais à Suprema Corte, que decide sobre os temas sociais mais complexos, como o direito ao aborto, o casamento homossexual e a regulação das armas de fogo.
- Minha agressão não conta? -Há um grande suspense pelo voto de alguns senadores, que poderiam impulsionar a confirmação de Brett Kavanaugh.
Entre eles está Flake, que havia anunciado nesta sexta-feira de manhã que votaria "sim", antes de ser atacado nos corredores do Senado por mulheres indignadas.
"Você está me dizendo que a minha agressão não conta, que o que aconteceu comigo não conta e que você está deixando que as pessoas que fazem essas coisas cheguem ao poder", disse uma delas, enquanto dezenas de manifestantes também se reuniram na Suprema Corte.
Visivelmente afetado, e após as reuniões com seus companheiros democratas e republicanos, finalmente pediu que o voto final seja atrasado até que realizem a investigação sobre as acusações contra o juiz.
Pelo lado dos democratas, Joe Donnelly, um senador eleito em áreas de Indiana a favor de Trump, e que terá dificuldades para ser reeleito, anunciou nesta sexta que vai votar contra Brett Kavanaugh.
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