Parlamento da Macedônia inicia o debate para mudança de nome
Skopje, 15 Out 2018 (AFP) - O Parlamento da Macedônia iniciou nesta segunda-feira o debate sobre a ratificação ou não do acordo com a Grécia para mudar o nome do país, que passaria a ser chamado "República da Macedônia do Norte", o que resolveria um dos litígios mais antigos da Europa.
A batalha se anuncia difícil para o primeiro-ministro social-democrata Zoran Zaev, que negociou o acordo com o colega grego, Alexis Tsipras. Apoiada pelos partidos da minoria albanesa (20 a 25% de 2,1 milhões de habitantes), sua coalizão não tem a maioria de dois terços necessária para alterar a Constituição. Assim, o governo terá que convencer uma dezena de deputados da oposição conservadora (VMRO-DPMNE).
Uma tarefa que muitos analistas consideram quase impossível.
"Não estamos otimistas. Nos faltam votos e isto significa eleições parlamentares antecipadas", admitiu antes do início da sessão uma fonte do governo que pediu anonimato.
O debate começou às 12H00 locais (7H00 de Brasília) - quase uma hora de atraso - na presença dos representantes da oposição.
"A solução mais lógica é qie depois de expor seus argumentos, a oposição abandone a Assembleia sem votar, o que abre a possibilidade de anunciar eleições antecipadas", afirmou um dirigente do VMRO-DPMNE, que também citou a possibilidade de prorrogar o debate por vários dias.
Se a iniciativa fracassar, Zoran Zaev já anunciou que convocará eleições legislativas antecipadas.
Desde a independência de seu vizinho em 1991, a Grécia considera que o nome de "Macedônia" só pode ser aplicado a sua província setentrional, ao redor de Salônica. Além disso, o governo grego vetou a adesão do pequeno país balcânico à Otan e bloqueia as negociações de adesão à União Europeia.
O referendo de 30 de setembro, consultivo, teve uma grande abstenção: dois terços dos eleitores registrados não votaram. Isto constituiu um grande revés para Zoran Zaev e complica sua tarefa para obter a aprovação ao acordo no Parlamento.
A oposição considera que era necessário superar a barreira de 50% de participação para "validar" o referendo. O primeiro-ministro afirma que não existia um mínimo exigido para o referendo.
A abstenção foi estimulada por listas obsoletas de eleitores, uma forte diáspora e o boicote defendido por grande parte da oposição.
bur-ng/plh/jvb/zm/bc
A batalha se anuncia difícil para o primeiro-ministro social-democrata Zoran Zaev, que negociou o acordo com o colega grego, Alexis Tsipras. Apoiada pelos partidos da minoria albanesa (20 a 25% de 2,1 milhões de habitantes), sua coalizão não tem a maioria de dois terços necessária para alterar a Constituição. Assim, o governo terá que convencer uma dezena de deputados da oposição conservadora (VMRO-DPMNE).
Uma tarefa que muitos analistas consideram quase impossível.
"Não estamos otimistas. Nos faltam votos e isto significa eleições parlamentares antecipadas", admitiu antes do início da sessão uma fonte do governo que pediu anonimato.
O debate começou às 12H00 locais (7H00 de Brasília) - quase uma hora de atraso - na presença dos representantes da oposição.
"A solução mais lógica é qie depois de expor seus argumentos, a oposição abandone a Assembleia sem votar, o que abre a possibilidade de anunciar eleições antecipadas", afirmou um dirigente do VMRO-DPMNE, que também citou a possibilidade de prorrogar o debate por vários dias.
Se a iniciativa fracassar, Zoran Zaev já anunciou que convocará eleições legislativas antecipadas.
Desde a independência de seu vizinho em 1991, a Grécia considera que o nome de "Macedônia" só pode ser aplicado a sua província setentrional, ao redor de Salônica. Além disso, o governo grego vetou a adesão do pequeno país balcânico à Otan e bloqueia as negociações de adesão à União Europeia.
O referendo de 30 de setembro, consultivo, teve uma grande abstenção: dois terços dos eleitores registrados não votaram. Isto constituiu um grande revés para Zoran Zaev e complica sua tarefa para obter a aprovação ao acordo no Parlamento.
A oposição considera que era necessário superar a barreira de 50% de participação para "validar" o referendo. O primeiro-ministro afirma que não existia um mínimo exigido para o referendo.
A abstenção foi estimulada por listas obsoletas de eleitores, uma forte diáspora e o boicote defendido por grande parte da oposição.
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