Procurador saudita isenta príncipe herdeiro no caso da morte de Khashoggi
Riade, 15 Nov 2018 (AFP) - O procurador-geral saudita eximiu o príncipe herdeiro Mohamed bin Salman, nesta quinta-feira (15), de qualquer envolvimento no assassinato do jornalista dissidente Jamal Khashoggi, cometido em 2 de outubro, no consulado de seu país, em Istambul.
O príncipe herdeiro não estava a par do caso, afirmou o porta-voz do procurador-geral, em resposta à pergunta de um jornalista.
Segundo o mesmo porta-voz, o subdiretor dos serviços de Inteligência, general Ahmed al-Asiri, ordenou que Khashoggi fosse levado por bem, ou por mal, mas o chefe da equipe de "negociadores" enviados ao local ordenou matá-lo.
Os restos mortais do jornalista, de 59 anos, foram depois entregues a um agente do lado de fora do consulado, acrescentou Shaalan.
Do total de 21 suspeitos, o procurador-geral indiciou até agora 11 pessoas que terão de comparecer diante dos tribunais.
A Procuradoria pediu hoje a pena de morte para cinco acusados do assassinato de Khashoggi e afirmou que o jornalista foi drogado e esquartejado no consulado.
Também nesta quinta, o procurador-geral pediu à Turquia que firme um acordo "especial" de cooperação para investigar o homicídio.
O objetivo deste "mecanismo específico" é fornecer à Turquia os resultados da investigação saudita e obter de Ancara as "provas e a informação pertinente" que tem sobre o assunto, completou o procurador, que agora "espera uma resposta".
O Tesouro dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta, sanções econômicas contra 17 funcionários sauditas suspeitos de vínculo com a morte do jornalista, incluindo assessores de alto escalão do príncipe herdeiro.
"Os funcionários sauditas que estamos punindo estiveram envolvidos no (...) assassinato de Jamal Khashoggi. Estas pessoas que atacaram e mataram brutalmente um jornalista que morava e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar consequências por suas ações", declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
- Explicação 'insuficiente'A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.
"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu.
"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, já havia aumentado a pressão sobre a Arábia Saudita, quando garantiu, no sábado passado, ter compartilhado gravações sobre a morte de Khashoggi com Riad, Washington e outras capitais.
O próprio Erdogan havia dito, em um artigo de opinião, que a ordem para assassinar o jornalista saudita emanou "dos mais altos níveis do governo" de Riad.
bur-ny/kir/gk/hj/erl/tt
O príncipe herdeiro não estava a par do caso, afirmou o porta-voz do procurador-geral, em resposta à pergunta de um jornalista.
Segundo o mesmo porta-voz, o subdiretor dos serviços de Inteligência, general Ahmed al-Asiri, ordenou que Khashoggi fosse levado por bem, ou por mal, mas o chefe da equipe de "negociadores" enviados ao local ordenou matá-lo.
Os restos mortais do jornalista, de 59 anos, foram depois entregues a um agente do lado de fora do consulado, acrescentou Shaalan.
Do total de 21 suspeitos, o procurador-geral indiciou até agora 11 pessoas que terão de comparecer diante dos tribunais.
A Procuradoria pediu hoje a pena de morte para cinco acusados do assassinato de Khashoggi e afirmou que o jornalista foi drogado e esquartejado no consulado.
Também nesta quinta, o procurador-geral pediu à Turquia que firme um acordo "especial" de cooperação para investigar o homicídio.
O objetivo deste "mecanismo específico" é fornecer à Turquia os resultados da investigação saudita e obter de Ancara as "provas e a informação pertinente" que tem sobre o assunto, completou o procurador, que agora "espera uma resposta".
O Tesouro dos Estados Unidos anunciou, nesta quinta, sanções econômicas contra 17 funcionários sauditas suspeitos de vínculo com a morte do jornalista, incluindo assessores de alto escalão do príncipe herdeiro.
"Os funcionários sauditas que estamos punindo estiveram envolvidos no (...) assassinato de Jamal Khashoggi. Estas pessoas que atacaram e mataram brutalmente um jornalista que morava e trabalhava nos Estados Unidos devem enfrentar consequências por suas ações", declarou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.
- Explicação 'insuficiente'A Turquia alega que as explicações sauditas são "insuficientes" neste caso e insiste no caráter premeditado do assassinato.
"Todas estas medidas são certamente positivas, mas também insuficientes", declarou o ministro turco das Relações Exteriores, Mevlüt Cavusoglu.
"Este assassinato, como já dissemos, foi planejado", acrescentou, rejeitando a versão de que os assassinos de Khashoggi tentaram primeiro trazê-lo de volta ao país.
O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, já havia aumentado a pressão sobre a Arábia Saudita, quando garantiu, no sábado passado, ter compartilhado gravações sobre a morte de Khashoggi com Riad, Washington e outras capitais.
O próprio Erdogan havia dito, em um artigo de opinião, que a ordem para assassinar o jornalista saudita emanou "dos mais altos níveis do governo" de Riad.
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