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Sete capacetes azuis da ONU são mortos e dez ficam feridos no Congo

7.out.18 - Soldado sul-africano das Nações Unidas reage a tiroteios em Oicha, perto de Beni, na República Democrática do Congo - John Wessels/AFP
7.out.18 - Soldado sul-africano das Nações Unidas reage a tiroteios em Oicha, perto de Beni, na República Democrática do Congo Imagem: John Wessels/AFP

Nações Unidas (Estados Unidos)

15/11/2018 17h42

Sete capacetes azuis foram assassinados e outros dez ficaram feridos durante uma operação militar conjunta com tropas da República Democrática do Congo contra rebeldes no leste do país, disse nesta quinta-feira (15) um porta-voz da ONU.

Outro membro das tropas de paz da ONU está desaparecido após o confronto, registrado perto da cidade de Beni, em Kivu Norte, disse o porta-voz, Stephane Dujarric.

"Os informes iniciais indicam que dez efetivos de manutenção da paz ficaram feridos e outro está desaparecido", acrescentou Dujarric, detalhando que vários soldados congolenses também morreram ou ficaram feridos durante a ação.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, condenou os assassinatos em um comunicado e chamou os grupos armados a se desarmarem imediatamente.

Entre os mortos, seis capacetes azuis eram do Malawi e um da Tanzânia, que participavam na ação contra rebeldes das Forças Democráticas Aliadas, um grupo responsabilizado pela morte de centenas de civis desde 2014, e de 15 efetivos de tropas de manutenção da paz da Tanzânia em dezembro.

O porta-voz da ONU se negou a dar detalhes da operação conjunta, mas disse que estava vinculada aos esforços para combater o surto de ebola. "Como sabem, há um surto de ebola nesta área e a insegurança tem sido um obstáculo para a resposta ao surto", disse.

A Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (Monusco) conta com cerca de 17 mil soldados e policiais.