ONU quer trégua no Iêmen antes de diálogos de paz
Sana, 22 Nov 2018 (AFP) - O enviado especial da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, viaja na sexta-feira a Hodeida, foco de tensão e cenário de enfrentamentos entre o governo e os rebeldes, com a intenção de pedir uma trégua antes das conversas de paz do começo de dezembro na Suécia.
Esta visita servirá para chamar "à calma em plenos preparativos para as negociações de paz" na Suécia, declarou nesta quinta-feira (22) uma fonte da ONU à AFP.
Griffiths chegou na quarta-feira à capital, Sanaa, para tentar avançar a um processo de paz que ponha fim a mais de três anos de um conflito que deixou mais de 10.000 mortos.
Nesta quinta-feira, reuniu-se com o líder dos rebeldes huthis, Abdel Malik Al Huti, para preparar o encontro na Suécia, segundo informou um porta-voz dos rebeldes.
Os dois encarregados analisaram "como facilitar as novas negociações em dezembro e a forma de transportar os feridos e doentes para fora do país para que depois possam voltar", explicou Mohamed Abdelsalam no Twitter.
O líder rebelde disse ao enviado da ONU que seus adversários - o poder iemenita e a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita - têm que ser "honestos" e "críveis" em sua vontade de querer alcançar uma solução política para o conflito, acrescentou a mesma fonte.
A situação em Hodeida, porto estratégico por onde circulam três quartos da ajuda humanitária que chega ao país, concentra a atenção da comunidade internacional que teme que a fome se generalize para todo o país se persistirem as hostilidades.
A localidade está nas mãos dos rebeldes huthis, que controlam também a capital e grande parte do norte.
As forças pró-governamentais lançaram no começo de novembro, com a ajuda da coalizão liderada por Riad, uma ofensiva contra a cidade. Em 14 de novembro anunciaram, no entanto, que cessavam as operações militares para favorecer os esforços de paz da ONU.
Esta semana houve em Hodeida duas noites de combates. Na quinta-feira, no entanto, reinava uma relativa calma.
O Conselho de Segurança da ONU tem que se pronunciar, em data ainda a definir, sobre um projeto de resolução apresentado pela Grã-Bretanha para reivindicar uma trégua imediata em Hodeida.
- Desastre humanitário -O secretário da Defesa americano, Jim Mattis, anunciou nesta quarta-feira que as negociações de paz entre o governo iemenita e os rebeldes huthis teriam lugar "no começo de dezembro" na Suécia.
Mattis disse que a Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos, membros da coalizão militar que apoia o governo iemenita, "estão totalmente de acordo".
"Parece que muito no começo de dezembro, na Suécia, veremos tanto o bando dos rebeldes huthis quanto o governo reconhecido pela ONU do presidente (Abd Rabbo Mansour) Hadi", acrescentou o encarregado.
Segundo a ONU, o Iêmen atravessa a pior crise humanitária do mundo.
Um estudo publicado pela ONG Save The Children avaliou em 85.000 o número de crianças mortas por fome ou doenças desde a intensificação da guerra no Iêmen em 2015.
"Estamos horrorizados com o fato de que 85.000 crianças tenham morrido de fome. A cada criança morta por bombas ou disparos, dezenas morrem de fome e isso se pode evitar", lamentou no comunicado da Save The Children, Tamer Kirolos, seu diretor para o Iêmen.
Esta visita servirá para chamar "à calma em plenos preparativos para as negociações de paz" na Suécia, declarou nesta quinta-feira (22) uma fonte da ONU à AFP.
Griffiths chegou na quarta-feira à capital, Sanaa, para tentar avançar a um processo de paz que ponha fim a mais de três anos de um conflito que deixou mais de 10.000 mortos.
Nesta quinta-feira, reuniu-se com o líder dos rebeldes huthis, Abdel Malik Al Huti, para preparar o encontro na Suécia, segundo informou um porta-voz dos rebeldes.
Os dois encarregados analisaram "como facilitar as novas negociações em dezembro e a forma de transportar os feridos e doentes para fora do país para que depois possam voltar", explicou Mohamed Abdelsalam no Twitter.
O líder rebelde disse ao enviado da ONU que seus adversários - o poder iemenita e a coalizão militar liderada pela Arábia Saudita - têm que ser "honestos" e "críveis" em sua vontade de querer alcançar uma solução política para o conflito, acrescentou a mesma fonte.
A situação em Hodeida, porto estratégico por onde circulam três quartos da ajuda humanitária que chega ao país, concentra a atenção da comunidade internacional que teme que a fome se generalize para todo o país se persistirem as hostilidades.
A localidade está nas mãos dos rebeldes huthis, que controlam também a capital e grande parte do norte.
As forças pró-governamentais lançaram no começo de novembro, com a ajuda da coalizão liderada por Riad, uma ofensiva contra a cidade. Em 14 de novembro anunciaram, no entanto, que cessavam as operações militares para favorecer os esforços de paz da ONU.
Esta semana houve em Hodeida duas noites de combates. Na quinta-feira, no entanto, reinava uma relativa calma.
O Conselho de Segurança da ONU tem que se pronunciar, em data ainda a definir, sobre um projeto de resolução apresentado pela Grã-Bretanha para reivindicar uma trégua imediata em Hodeida.
- Desastre humanitário -O secretário da Defesa americano, Jim Mattis, anunciou nesta quarta-feira que as negociações de paz entre o governo iemenita e os rebeldes huthis teriam lugar "no começo de dezembro" na Suécia.
Mattis disse que a Arábia Saudita e os Emiratos Árabes Unidos, membros da coalizão militar que apoia o governo iemenita, "estão totalmente de acordo".
"Parece que muito no começo de dezembro, na Suécia, veremos tanto o bando dos rebeldes huthis quanto o governo reconhecido pela ONU do presidente (Abd Rabbo Mansour) Hadi", acrescentou o encarregado.
Segundo a ONU, o Iêmen atravessa a pior crise humanitária do mundo.
Um estudo publicado pela ONG Save The Children avaliou em 85.000 o número de crianças mortas por fome ou doenças desde a intensificação da guerra no Iêmen em 2015.
"Estamos horrorizados com o fato de que 85.000 crianças tenham morrido de fome. A cada criança morta por bombas ou disparos, dezenas morrem de fome e isso se pode evitar", lamentou no comunicado da Save The Children, Tamer Kirolos, seu diretor para o Iêmen.
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