Polícia proíbe manifestação da oposição na Nicarágua
Manágua, 23 Nov 2018 (AFP) - A polícia nicaraguense negou, nesta sexta-feira (23), à oposição uma autorização para se manifestar neste domingo, afirmando que não permitirá novas mobilizações de setores que participaram de um "frustrado golpe de Estado" nos protestos iniciados em abril contra o governo de Daniel Ortega.
A polícia "não autoriza e nem autorizará mobilizações públicas a pessoas, associações ou movimentos que tenham participado e estão sendo investigados por suas ações na frustrada tentativa de golpe de Estado", disse o chefe de Segurança Pública, Luis Barrantes, lendo um comunicado.
Com a decisão, a polícia negou à principal aliança opositora, "Unidade Nacional Azul e Branco", a permissão que esta havia solicitado há dois dias de se manifestar no domingo.
A marcha pretendia pedir ao governo a libertação de 600 manifestantes que estão presos em condições "desumanas", dos quais mais de 60 foram condenados por "terrorismo" com base em uma nova lei que criminaliza os protestos, indicou a oposição.
A polícia, contudo, argumentou que o objetivo da oposição "é continuar promovendo atos de vandalismo e terrorismo para afetar as famílias nas comemorações" de fim de ano.
"A chamada Unidade Azul e Branco carece de pessoa jurídica e, portanto, não pode exercer direitos nem obrigações conforme o marco jurídico", segundo a polícia.
O anúncio policial foi precedido por um aumento da presença das forças de ordem diante do edifício do privado Canal 100% Noticias (centro) e em alguns pontos da capital.
"Estamos cercados por policiais e multidões sandinistas que estão começando a dizer vulgaridades", denunciou a jornalista Lucía Pineda, diretora de Notícias do Canal 100%, um dos meios de comunicação que liderou a cobertura dos protestos.
A tropa de choque também se mobilizou na estrada para Masaya, uma importante via da capital, onde a oposição planejava marchar no domingo.
Também reforçaram com agentes antidistúrbios a entrada da sede da Polícia Nacional em Manágua, o que impediu que os dirigentes da aliança opositora chegassem mais cedo para pedir permissão de mobilização.
Os jornalistas que estavam no local fazendo a cobertura foram retirados pela polícia, alguns dos quais intimidaram e empurraram um cinegrafista da AFP, Luis Sequeira.
A oposição disse que se pronunciará mais tarde sobre a proibição da polícia.
A polícia "não autoriza e nem autorizará mobilizações públicas a pessoas, associações ou movimentos que tenham participado e estão sendo investigados por suas ações na frustrada tentativa de golpe de Estado", disse o chefe de Segurança Pública, Luis Barrantes, lendo um comunicado.
Com a decisão, a polícia negou à principal aliança opositora, "Unidade Nacional Azul e Branco", a permissão que esta havia solicitado há dois dias de se manifestar no domingo.
A marcha pretendia pedir ao governo a libertação de 600 manifestantes que estão presos em condições "desumanas", dos quais mais de 60 foram condenados por "terrorismo" com base em uma nova lei que criminaliza os protestos, indicou a oposição.
A polícia, contudo, argumentou que o objetivo da oposição "é continuar promovendo atos de vandalismo e terrorismo para afetar as famílias nas comemorações" de fim de ano.
"A chamada Unidade Azul e Branco carece de pessoa jurídica e, portanto, não pode exercer direitos nem obrigações conforme o marco jurídico", segundo a polícia.
O anúncio policial foi precedido por um aumento da presença das forças de ordem diante do edifício do privado Canal 100% Noticias (centro) e em alguns pontos da capital.
"Estamos cercados por policiais e multidões sandinistas que estão começando a dizer vulgaridades", denunciou a jornalista Lucía Pineda, diretora de Notícias do Canal 100%, um dos meios de comunicação que liderou a cobertura dos protestos.
A tropa de choque também se mobilizou na estrada para Masaya, uma importante via da capital, onde a oposição planejava marchar no domingo.
Também reforçaram com agentes antidistúrbios a entrada da sede da Polícia Nacional em Manágua, o que impediu que os dirigentes da aliança opositora chegassem mais cedo para pedir permissão de mobilização.
Os jornalistas que estavam no local fazendo a cobertura foram retirados pela polícia, alguns dos quais intimidaram e empurraram um cinegrafista da AFP, Luis Sequeira.
A oposição disse que se pronunciará mais tarde sobre a proibição da polícia.
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