Manifestantes protestam em Paris para pressionar o governo francês
Paris, 24 Nov 2018 (AFP) - Milhares de manifestantes, integrantes do movimento conhecido como "coletes amarelos", que protestam contra a alta dos combustíveis e a perda do poder aquisitivo na França, se reuniram neste sábado no centro de Paris após vários dias protestos no restante do país, com a intenção de pressionar ainda mais o governo.
Durante a manhã, milhares de manifestantes estavam na avenida Champs-Élysées da capital francesa e gritaram frases contra o presidente Emmanuel Macron.
A polícia utilizou gás lacrimogêneo e jatos de água para afastar as pessoas que tentavam furar um bloqueio das forças de segurança.
A mobilização na capital, de contornos pouco definidos, preocupa as autoridades que temem distúrbios.
O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, denunciou os distúrbios na avenida Champs-Élysées e acusou elementos da "ultradireita", que "responderam ao apelo de Marine Le Pen", líder do partido de extrema-direita "Rassemblement National", por uma mobilização em Paris.
O movimento, sem vínculo com os sindicatos e os partidos políticos, organizou em 17 de novembro seu "primeiro ato", que levou 280.000 pessoas às ruas em toda França.
O "segundo ato" foi agendado para este sábado em Paris.
O movimento é mais um na longa história francesa de contestação social e protestos nas ruas.
Uma pesquisa do instituto BVA mostrou que 72% dos franceses se identificam com as reivindicações dos "coletes amarelos".
O preço elevado da gasolina, impostos excessivos, pensões e aposentadorias insuficientes: as reivindicações do movimento convergem para a perda de poder aquisitivo.
Os "coletes amarelos" representam um verdadeiro desafio para Macron que, no momento, não parece disposto a mudar o ritmo de suas reformas para "transformar" a França ou a abrir mão do aumento do preço dos combustíveis, tudo isto para "manter o rumo a favor da transição ecológica".
De acordo com a imprensa, no entanto, Macron pode anunciar na terça-feira novas medidas destinadas às famílias carentes para evitar o risco de uma "fratura" social.
A convocação do "segundo ato" da mobilização foi feita nas redes sociais, principal plataforma de comunicação dos manifestantes.
Com o perfil ambíguo do movimento, as autoridades desejam evitar os confrontos registrados na primeira semana de protestos (dois mortos, 620 civis e 136 membros das forças de segurança feridos), com uma grande mobilização policial.
As autoridades temem em particular a infiltração entre os manifestantes de "redes violentas de extrema-direita e extrema-esquerda".
Mais de 35.000 pessoas responderam no Facebook à convocação para um protesto na Place de la Concorde em Paris, mas esta manifestação foi proibida por sua proximidade com o palácio presidencial do Eliseu e da embaixada dos Estados Unidos.
As autoridades proibiram eventos ao redor do palácio presidencial, da Concorde, da Assembleia Nacional e do hotel Matignon, que abriga o escritório do primeiro-ministro.
Manifestações foram autorizadas no Campo de Marte, perto da Torre Eiffel, mas o movimento dos "coletes amarelos" não aceitou a ideia, por considerar que ficara "preso em um parque".
Facebook
VINCI
Durante a manhã, milhares de manifestantes estavam na avenida Champs-Élysées da capital francesa e gritaram frases contra o presidente Emmanuel Macron.
A polícia utilizou gás lacrimogêneo e jatos de água para afastar as pessoas que tentavam furar um bloqueio das forças de segurança.
A mobilização na capital, de contornos pouco definidos, preocupa as autoridades que temem distúrbios.
O ministro francês do Interior, Christophe Castaner, denunciou os distúrbios na avenida Champs-Élysées e acusou elementos da "ultradireita", que "responderam ao apelo de Marine Le Pen", líder do partido de extrema-direita "Rassemblement National", por uma mobilização em Paris.
O movimento, sem vínculo com os sindicatos e os partidos políticos, organizou em 17 de novembro seu "primeiro ato", que levou 280.000 pessoas às ruas em toda França.
O "segundo ato" foi agendado para este sábado em Paris.
O movimento é mais um na longa história francesa de contestação social e protestos nas ruas.
Uma pesquisa do instituto BVA mostrou que 72% dos franceses se identificam com as reivindicações dos "coletes amarelos".
O preço elevado da gasolina, impostos excessivos, pensões e aposentadorias insuficientes: as reivindicações do movimento convergem para a perda de poder aquisitivo.
Os "coletes amarelos" representam um verdadeiro desafio para Macron que, no momento, não parece disposto a mudar o ritmo de suas reformas para "transformar" a França ou a abrir mão do aumento do preço dos combustíveis, tudo isto para "manter o rumo a favor da transição ecológica".
De acordo com a imprensa, no entanto, Macron pode anunciar na terça-feira novas medidas destinadas às famílias carentes para evitar o risco de uma "fratura" social.
A convocação do "segundo ato" da mobilização foi feita nas redes sociais, principal plataforma de comunicação dos manifestantes.
Com o perfil ambíguo do movimento, as autoridades desejam evitar os confrontos registrados na primeira semana de protestos (dois mortos, 620 civis e 136 membros das forças de segurança feridos), com uma grande mobilização policial.
As autoridades temem em particular a infiltração entre os manifestantes de "redes violentas de extrema-direita e extrema-esquerda".
Mais de 35.000 pessoas responderam no Facebook à convocação para um protesto na Place de la Concorde em Paris, mas esta manifestação foi proibida por sua proximidade com o palácio presidencial do Eliseu e da embaixada dos Estados Unidos.
As autoridades proibiram eventos ao redor do palácio presidencial, da Concorde, da Assembleia Nacional e do hotel Matignon, que abriga o escritório do primeiro-ministro.
Manifestações foram autorizadas no Campo de Marte, perto da Torre Eiffel, mas o movimento dos "coletes amarelos" não aceitou a ideia, por considerar que ficara "preso em um parque".
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