Paquistão prende clérigo extremista que promoveu violência em protestos
Islamabad, 24 Nov 2018 (AFP) - A polícia do Paquistão deteve na noite de sexta-feira um clérigo extremista cujo partido paralisou recentemente o país com violentos protestos contra a absolvição de uma cristã condenada à morte por blasfêmia.
O clérigo Khadim Hussain Rizvi, líder do partido Tehereek-e-Labaik Pakistan (TLP), foi preso antes de um protesto previsto para este sábado em Islamabad, tuitou o ministro paquistanês da Informação, Fawad Chaudhry.
Além disso, outros 300 membros do TLP foram detidos pelas forças de segurança.
"Khadim Hussain Rizvi foi colocado sob custódia pela polícia", tuitou Chaudhry, acrescentando que a decisão não está vinculada ao caso de Asia Bibi, a cristã paquistanesa que passou oito anos no corredor da morte até ter sua pena anulada pelo Supremo Tribunal, no mês passado.
"Trata-se de salvaguardar a vida pública, a propriedade e a ordem, e nada tem a ver com o caso Asia Bibi", tuitou o ministro.
A decisão do tribunal de anular a condenação de Asia Bibi provocou furiosas manifestações, lideradas pelo TLP, que exigiam a execução desta mulher cristã.
Os protestos paralisaram as principais estradas do país, deixando amplas zonas isoladas.
A detenção de Rizvi será prolongada por 30 dias para evitar problemas de ordem pública, de acordo com um comunicado do governo de Punjab.
Rizvi e o partido TLP lideraram as manifestações que paralisaram o Paquistão durante três dias após o anúncio da absolvição de Asia Bibi no fim de outubro.
O TLP defendeu o assassinato dos juízes da Suprema Corte que tomaram a decisão, assi, como uma revolta do exército.
O governo encerrou os protestos com a assinatura de um polêmico acordo com o partido, pelo qual se comprometeu a iniciar um procedimento para evitar que Asia Bibi abandone o país e não manifestar oposição a um recurso contra o veredicto apresentado por um religioso.
Quando Asia Bibi foi oficialmente libertada e escondida em um local secreto à espera da decisão judicial, o TLP convocou protestos contra uma eventual autorização para que ela deixasse o Paquistão.
Este caso dividiu profundamente o Paquistão, país muçulmano muito conservador, onde a blasfêmia é uma tema extremamente sensível. Meras acusações não comprovadas bastam para provocar linchamentos.
Asia Bibi, uma operária agrícola cristã de 50 anos e mãe de família, foi condenada à morte por blasfêmia depois de uma briga com vizinhas muçulmanas por um vaso de água.
O clérigo Khadim Hussain Rizvi, líder do partido Tehereek-e-Labaik Pakistan (TLP), foi preso antes de um protesto previsto para este sábado em Islamabad, tuitou o ministro paquistanês da Informação, Fawad Chaudhry.
Além disso, outros 300 membros do TLP foram detidos pelas forças de segurança.
"Khadim Hussain Rizvi foi colocado sob custódia pela polícia", tuitou Chaudhry, acrescentando que a decisão não está vinculada ao caso de Asia Bibi, a cristã paquistanesa que passou oito anos no corredor da morte até ter sua pena anulada pelo Supremo Tribunal, no mês passado.
"Trata-se de salvaguardar a vida pública, a propriedade e a ordem, e nada tem a ver com o caso Asia Bibi", tuitou o ministro.
A decisão do tribunal de anular a condenação de Asia Bibi provocou furiosas manifestações, lideradas pelo TLP, que exigiam a execução desta mulher cristã.
Os protestos paralisaram as principais estradas do país, deixando amplas zonas isoladas.
A detenção de Rizvi será prolongada por 30 dias para evitar problemas de ordem pública, de acordo com um comunicado do governo de Punjab.
Rizvi e o partido TLP lideraram as manifestações que paralisaram o Paquistão durante três dias após o anúncio da absolvição de Asia Bibi no fim de outubro.
O TLP defendeu o assassinato dos juízes da Suprema Corte que tomaram a decisão, assi, como uma revolta do exército.
O governo encerrou os protestos com a assinatura de um polêmico acordo com o partido, pelo qual se comprometeu a iniciar um procedimento para evitar que Asia Bibi abandone o país e não manifestar oposição a um recurso contra o veredicto apresentado por um religioso.
Quando Asia Bibi foi oficialmente libertada e escondida em um local secreto à espera da decisão judicial, o TLP convocou protestos contra uma eventual autorização para que ela deixasse o Paquistão.
Este caso dividiu profundamente o Paquistão, país muçulmano muito conservador, onde a blasfêmia é uma tema extremamente sensível. Meras acusações não comprovadas bastam para provocar linchamentos.
Asia Bibi, uma operária agrícola cristã de 50 anos e mãe de família, foi condenada à morte por blasfêmia depois de uma briga com vizinhas muçulmanas por um vaso de água.
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