Enviado da ONU no Iêmen se reúne com governo iemenita em Riade
Riade, 26 Nov 2018 (AFP) - O enviado das Nações Unidas no Iêmen, Martin Griffiths, se reuniu nesta segunda-feira (26) em Riade com os dirigentes iemenitas exilados na capital saudita, com o objetivo de impulsionar as negociações de paz.
Após ter se reunido no sábado com o líder dos rebeldes huthis, Griffiths tratou com o vice-presidente Ali Mohsen Al Ahmar "os preparativos da próxima mesa" de negociação de paz na Suécia, que será realizada em uma data ainda não estabelecida pela ONU.
O enviado da ONU defendeu a necessidade de consolidar os esforços dos rebeldes para demonstrar a sua "seriedade e credibilidade", informou a agência Saba.
Griffiths também prevê se reunir em Riade com o presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Al-Hadi, cujo governo tem o reconhecimento da comunidade internacional.
Hadi e outros membros de seu governo estão exilados na Arábia Saudita, que intervém militarmente no Iêmen desde 2015 em apoio ao governo e contra os rebeldes huthis.
A iniciativa de Griffiths é a mais importante nos dois últimos anos, nos quais se acentuaram as consequências devastadoras da guerra no Iêmen, onde morreram 10.000 pessoas e cuja população sofre a pior crise humanitária da atualidade, segundo a ONU.
Grupos de direitos humanos temem que a cifra real seja muito maior.
O deslocamento de Griffiths em Riade coincide com um momento de calma em Hodeida, cidade portuária no oeste do Iêmen onde circula 75% da ajuda humanitária e que foi o principal palco dos combates nas últimas semanas.
- Confrontos menores -O enviado da ONU se deslocou na sexta-feira para esta localidade do Mar Vermelho e defendeu uma trégua permanente.
Os rebeldes estão entrincheirados em Hodeida ante a ofensiva das forças pró-governamentais, que contam com o apoio da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
Sob a pressão da comunidade internacional, a coalizão árabe suspendeu a sua ofensiva em Hodeida, que havia se intensificado no início de novembro.
Não obstante, confrontos menores continuam ocorrendo neste local.
Após se reunir com Griffiths, os líderes dos rebeldes huthis se mostraram dispostos a iniciar negociações de paz.
O presidente iemenita também se mostrou favorável a uma mesa de diálogo na Suécia, embora tenha assegurado que quer "libertar" Hodeida.
- Um respiro na crise humanitária -As organizações humanitárias esperam que os esforços diplomáticos atuais sirvam para estabelecer uma trégua permanente.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) informou na sexta-feira que distribuiu 30.000 cestas com alimentos em Hodeida.
As agências das Nações Unidas advertiram que 14 milhões de iemenitas podem morrer de fome e que o fechamento do porto de Hodeida acentuaria a crise humanitária.
Em setembro, fracassou uma tentativa de negociação de paz depois que os representantes huthis se negaram a ir a Genebra, com o argumento de que a comunidade internacional não garantia o seu retorno à capital Sanaa.
Após ter se reunido no sábado com o líder dos rebeldes huthis, Griffiths tratou com o vice-presidente Ali Mohsen Al Ahmar "os preparativos da próxima mesa" de negociação de paz na Suécia, que será realizada em uma data ainda não estabelecida pela ONU.
O enviado da ONU defendeu a necessidade de consolidar os esforços dos rebeldes para demonstrar a sua "seriedade e credibilidade", informou a agência Saba.
Griffiths também prevê se reunir em Riade com o presidente iemenita, Abd Rabbo Mansur Al-Hadi, cujo governo tem o reconhecimento da comunidade internacional.
Hadi e outros membros de seu governo estão exilados na Arábia Saudita, que intervém militarmente no Iêmen desde 2015 em apoio ao governo e contra os rebeldes huthis.
A iniciativa de Griffiths é a mais importante nos dois últimos anos, nos quais se acentuaram as consequências devastadoras da guerra no Iêmen, onde morreram 10.000 pessoas e cuja população sofre a pior crise humanitária da atualidade, segundo a ONU.
Grupos de direitos humanos temem que a cifra real seja muito maior.
O deslocamento de Griffiths em Riade coincide com um momento de calma em Hodeida, cidade portuária no oeste do Iêmen onde circula 75% da ajuda humanitária e que foi o principal palco dos combates nas últimas semanas.
- Confrontos menores -O enviado da ONU se deslocou na sexta-feira para esta localidade do Mar Vermelho e defendeu uma trégua permanente.
Os rebeldes estão entrincheirados em Hodeida ante a ofensiva das forças pró-governamentais, que contam com o apoio da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes.
Sob a pressão da comunidade internacional, a coalizão árabe suspendeu a sua ofensiva em Hodeida, que havia se intensificado no início de novembro.
Não obstante, confrontos menores continuam ocorrendo neste local.
Após se reunir com Griffiths, os líderes dos rebeldes huthis se mostraram dispostos a iniciar negociações de paz.
O presidente iemenita também se mostrou favorável a uma mesa de diálogo na Suécia, embora tenha assegurado que quer "libertar" Hodeida.
- Um respiro na crise humanitária -As organizações humanitárias esperam que os esforços diplomáticos atuais sirvam para estabelecer uma trégua permanente.
O Programa Alimentar Mundial (PAM) informou na sexta-feira que distribuiu 30.000 cestas com alimentos em Hodeida.
As agências das Nações Unidas advertiram que 14 milhões de iemenitas podem morrer de fome e que o fechamento do porto de Hodeida acentuaria a crise humanitária.
Em setembro, fracassou uma tentativa de negociação de paz depois que os representantes huthis se negaram a ir a Genebra, com o argumento de que a comunidade internacional não garantia o seu retorno à capital Sanaa.
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