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Para Pompeo, guerra no Iêmen pode se agravar sem o envolvimento dos EUA

28/11/2018 14h50

Washington, 28 Nov 2018 (AFP) - A situação no Iêmen seria "muito pior" sem o envolvimento dos Estados Unidos ao lado da coalizão liderada pela Arábia Saudita que luta contra os rebeldes huthis, vai dizer o secretário de Estado Mike Pompeo, de acordo com trechos de uma declaração ao Senado.

"O sofrimento no Iêmen me dói, mas se os Estados Unidos não estivesse envolvido no Iêmen, seria muito pior", declarará Pompeo diante dos senadores, que devem votar esta semana se os Estados Unidos encerrará o seu apoio militar à coalizão liderada por Riad.

Pompeo deve comparecer às 11h00 (14H00 de Brasília), juntamente com o secretário de Defesa Jim Mattis, para uma audiência no Senado a portas fechadas para discutir as informações que o governo de Donald Trump tem sobre a morte do jornalista saudita Jamal Khashoggi, assassinado no início de outubro no consulado da Arábia Saudita em Istambul.

Pompeo deve defender a decisão do presidente americano de manter sua forte aliança com Riad, apesar das suspeitas do envolvimento do príncipe herdeiro saudita no assassinato.

"Esse conflito não é opcional para a Arábia Saudita, e abandoná-lo também coloca em risco os interesses americanos", declarará Pompeo.

O vice-secretário-geral da ONU para Assuntos Humanitários, Mark Lowcock, vai visitar o Iêmen esta semana, num momento em que os esforços diplomáticos para acabar com uma guerra que se estende por quatro anos se multiplicam, informou a organização na terça-feira.

Esta visita de três dias que começará na quinta-feira vai permitir aos funcionários ver com seus próprios olhos a magnitude da crise humanitária, que a ONU descreveu como a pior do mundo, com pelo menos 10.000 mortos e cerca de 14 milhões de deslocados.