Líder social argentino promete protesto pacífico contra o G20
Buenos Aires, 29 Nov 2018 (AFP) - O líder social argentino Juan Grabois promete uma "mobilização pacífica e em massa" na sexta-feira para criticar o G20, que celebra sua reunião no fim de semana em Buenos Aires, assim e a política econômica do governo do presidente Mauricio Macri.
À frente do Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE) e da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), Grabois defende os argentinos mais pobres, para ps quais pede "terra, teto e trabalho", um lema também repetido pelo papa Francisco, outro argentino do qual é muito próximo.
PERGUNTA: Que manifestações acontecerão durante a reunião do G20?
RESPOSTA: "Vaia acontecer muita mobilização social. Temos uma filosofia: tem que ser pacífica e em massa. Uma espécie de resistência não violenta. Isto tem mais eficácia que pequenos focos de coquetéis molotov e pedras, que não arranham o poder de nenhuma maneira. Não por uma questão ética, e sim tática. O governo gera um movimento de cerco aos movimentos sociais, mas teremos uma mobilização. Teremos organizações, plataformas internacionais, sindicatos, e teremos grupos independentes com uma agitação".
P: Quais são os objetivos?
R: "Nossa organização, a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular, é parte de uma articulação que acontece em diálogo com (o papa) Francisco. Pedimos três coisas: terra, teto e trabalho. Ou seja, reforma agrária, reforma urbana e economia popular. É um programa político para os descartados. Eu conheci a exclusão, como fase superior da pobreza, com os recicladores em 2001. Quando alguém precisa mexer no seu lixo para vier, algo não funciona.
Pedimos também a participação direta. Hoje no Congresso da Argentina não há um morador de área carente. Quase 10% da população está nas favelas, há 350 deputados, deveriam ser 35 representantes. Os que não têm representação são os excluídos. A incapacidade de negociação coletiva dos setores excluídos é uma trava para o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Além disso, queremos um código de ética muito estrito, que a luta contra a corrupção seja uma política de Estado, com controle muito estrito do crescimento patrimonial dos funcionários da alta hierarquia".
P: Quais são as suas reivindicações?
R: "Eu proponho a nacionalização de todos os latifúndios. A população rural na Argentina não chega a 4%. Um modelo pró-investimento direto estrangeiro, mas produtiva e não financeira. Estamos buscando alternativas para financiar grandes obras que exigem pelo menos 3% ou 4% do PIB, que o sistema não quer fazer. O que faríamos com este dinheiro é esgoto, urbanizar todos os bairros. Os neoliberais defendem o crescimento do bolo. Mas não há terra, não há margem ambiental para multiplicar por 10 o PIB mundial. Não se pode medir o êxito de um país pela quantidade de carros vendidos. Não se pode medir a pobreza apenas pelo nível da renda.
À frente do Movimento dos Trabalhadores Excluídos (MTE) e da Confederação de Trabalhadores da Economia Popular (CTEP), Grabois defende os argentinos mais pobres, para ps quais pede "terra, teto e trabalho", um lema também repetido pelo papa Francisco, outro argentino do qual é muito próximo.
PERGUNTA: Que manifestações acontecerão durante a reunião do G20?
RESPOSTA: "Vaia acontecer muita mobilização social. Temos uma filosofia: tem que ser pacífica e em massa. Uma espécie de resistência não violenta. Isto tem mais eficácia que pequenos focos de coquetéis molotov e pedras, que não arranham o poder de nenhuma maneira. Não por uma questão ética, e sim tática. O governo gera um movimento de cerco aos movimentos sociais, mas teremos uma mobilização. Teremos organizações, plataformas internacionais, sindicatos, e teremos grupos independentes com uma agitação".
P: Quais são os objetivos?
R: "Nossa organização, a Confederação de Trabalhadores da Economia Popular, é parte de uma articulação que acontece em diálogo com (o papa) Francisco. Pedimos três coisas: terra, teto e trabalho. Ou seja, reforma agrária, reforma urbana e economia popular. É um programa político para os descartados. Eu conheci a exclusão, como fase superior da pobreza, com os recicladores em 2001. Quando alguém precisa mexer no seu lixo para vier, algo não funciona.
Pedimos também a participação direta. Hoje no Congresso da Argentina não há um morador de área carente. Quase 10% da população está nas favelas, há 350 deputados, deveriam ser 35 representantes. Os que não têm representação são os excluídos. A incapacidade de negociação coletiva dos setores excluídos é uma trava para o desenvolvimento de qualquer sociedade.
Além disso, queremos um código de ética muito estrito, que a luta contra a corrupção seja uma política de Estado, com controle muito estrito do crescimento patrimonial dos funcionários da alta hierarquia".
P: Quais são as suas reivindicações?
R: "Eu proponho a nacionalização de todos os latifúndios. A população rural na Argentina não chega a 4%. Um modelo pró-investimento direto estrangeiro, mas produtiva e não financeira. Estamos buscando alternativas para financiar grandes obras que exigem pelo menos 3% ou 4% do PIB, que o sistema não quer fazer. O que faríamos com este dinheiro é esgoto, urbanizar todos os bairros. Os neoliberais defendem o crescimento do bolo. Mas não há terra, não há margem ambiental para multiplicar por 10 o PIB mundial. Não se pode medir o êxito de um país pela quantidade de carros vendidos. Não se pode medir a pobreza apenas pelo nível da renda.
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