Regime sírio atribui bombardeios aéreos perto de Damasco a Israel
Beirute, 30 Nov 2018 (AFP) - O governo sírio acusou Israel, nesta sexta-feira (30), de ter bombardeado no dia anterior posições militares perto de Damasco, no primeiro ataque deste tipo desde setembro, quando um avião russo foi acidentalmente derrubado pela defesa antiáerea síria.
A imprensa da Síria informou sobre disparos antiaéreos contra alvos "hostis", mas Israel, que não confirmou esses ataques, negou que seus aviões tivessem sido alcançados.
A Chancelaria síria finalmente emitiu um comunicado no qual esclareceu que havia apresentado uma queixa ante a ONU por conta da "agressão israelense da véspera contra a região de Kesswa".
Segundo Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos humanos (OSDH), as forças israelenses bombardearam "durante uma hora" duas posições no sul da província de Damasco, entre elas um setor onde havia armas iranianas armazenadas.
Israel realizou muitos bombardeios na Síria desde que explodiu a guerra nesse país, em 2011, em especial contra as forças enviadas pelo Irã ou combatentes do movimento xiita Hezbollah, ambos aliados do regime de Damasco e inimigos declarados do Estado hebreu.
Segundo o OSDH, dois mísseis atingiram Kesswa, na zona sul de Damasco, onde há "depósitos de armas pertencentes ao Hezbollah libanês e às forças iranianas".
Outro caiu na zona de Harfa, onde se encontra um centro militar sírio, acrescentou a ONG, que não deu detalhes de danos materiais ou vítimas.
- Alvos 'hostis' -A mídia oficial síria assegurou, por sua vez, que o ataque foi desbaratado e não gerou perdas.
"A nossa defesa antiaérea entrou em ação e disparou contra alvos hostis sobre a região de Kesswa", nos arredores de Damasco, indicou a agência Sana.
"Todos os objetivos hostis" foram destruídos, acrescentou a agência.
Em maio, o setor de Kesswa já havia sido alvo de ataques israelenses, que provocaram incêndios e mataram combatentes dos Guardiães da Revolução iraniana e de milícias xiitas pró-iranianas, segundo o OSDH.
"É a primeira vez que a defesa antiaérea síria entra em ação desde a queda do avião russo" em 17 de setembro, assegurou Abdel Rahman.
- Derrubada acidental -A defesa antiáerea síria disparou, então, para interceptar mísseis israelenses que atacavam os depósitos de munições na província de Lataquia (noroeste), e derrubou por erro uma aeronave russa.
O incidente causou a morte de 15 militares russos a bordo do avião e provocou tensões entre Rússia e Israel.
Desde então, a Rússia anunciou novas medidas de segurança para proteger o seu Exército, entre elas reforçar a defesa antiaérea do regime sírio com baterias S-300 e fazer a interceptação de aviões que se encontrem próximos.
Após o incidente de setembro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que seu país continuará combatendo a presença iraniana na Síria.
Desencadeado em 2011 com a repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria se tornou mais complexo e envolveu a participação de países estrangeiros e grupos extremistas.
Este causou mais de 360.000 mortes e milhões de deslocados e refugiados.
A imprensa da Síria informou sobre disparos antiaéreos contra alvos "hostis", mas Israel, que não confirmou esses ataques, negou que seus aviões tivessem sido alcançados.
A Chancelaria síria finalmente emitiu um comunicado no qual esclareceu que havia apresentado uma queixa ante a ONU por conta da "agressão israelense da véspera contra a região de Kesswa".
Segundo Rami Abdel Rahman, diretor do Observatório Sírio de Direitos humanos (OSDH), as forças israelenses bombardearam "durante uma hora" duas posições no sul da província de Damasco, entre elas um setor onde havia armas iranianas armazenadas.
Israel realizou muitos bombardeios na Síria desde que explodiu a guerra nesse país, em 2011, em especial contra as forças enviadas pelo Irã ou combatentes do movimento xiita Hezbollah, ambos aliados do regime de Damasco e inimigos declarados do Estado hebreu.
Segundo o OSDH, dois mísseis atingiram Kesswa, na zona sul de Damasco, onde há "depósitos de armas pertencentes ao Hezbollah libanês e às forças iranianas".
Outro caiu na zona de Harfa, onde se encontra um centro militar sírio, acrescentou a ONG, que não deu detalhes de danos materiais ou vítimas.
- Alvos 'hostis' -A mídia oficial síria assegurou, por sua vez, que o ataque foi desbaratado e não gerou perdas.
"A nossa defesa antiaérea entrou em ação e disparou contra alvos hostis sobre a região de Kesswa", nos arredores de Damasco, indicou a agência Sana.
"Todos os objetivos hostis" foram destruídos, acrescentou a agência.
Em maio, o setor de Kesswa já havia sido alvo de ataques israelenses, que provocaram incêndios e mataram combatentes dos Guardiães da Revolução iraniana e de milícias xiitas pró-iranianas, segundo o OSDH.
"É a primeira vez que a defesa antiaérea síria entra em ação desde a queda do avião russo" em 17 de setembro, assegurou Abdel Rahman.
- Derrubada acidental -A defesa antiáerea síria disparou, então, para interceptar mísseis israelenses que atacavam os depósitos de munições na província de Lataquia (noroeste), e derrubou por erro uma aeronave russa.
O incidente causou a morte de 15 militares russos a bordo do avião e provocou tensões entre Rússia e Israel.
Desde então, a Rússia anunciou novas medidas de segurança para proteger o seu Exército, entre elas reforçar a defesa antiaérea do regime sírio com baterias S-300 e fazer a interceptação de aviões que se encontrem próximos.
Após o incidente de setembro, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que seu país continuará combatendo a presença iraniana na Síria.
Desencadeado em 2011 com a repressão do regime de Bashar al-Assad de manifestações pacíficas, o conflito na Síria se tornou mais complexo e envolveu a participação de países estrangeiros e grupos extremistas.
Este causou mais de 360.000 mortes e milhões de deslocados e refugiados.
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