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Presidente sul-coreano ainda espera receber Kim Jong Un em Seul este ano

04/12/2018 06h07

Auckland, 4 dez 2018 (AFP) - O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, afirmou nesta terça-feira que espera uma visita do dirigente norte-coreano, Kim Jong Un, em breve a Seul, o que significaria, na opinião do chefe de Estado, um grande passo para a desnuclearização da península.

Os dois governantes se reuniram três vezes em 2018, o que demonstra a grande aproximação entre as Coreias.

O Sul espera que Kim viaje a Seul antes do fim do ano, o que seria a primeira visita de um dirigente norte-coreano à capital desde o fim da guerra (1950-1953). Mas a ideia perdeu força em consequência da estagnação dos diálogos sobre a desnuclearização.

Moon, que visita a Nova Zelândia, declarou que problemas de calendário não deveriam afetar o alcance de um acontecimento de tal porte.

"Há uma possibilidade de que a visita de Kim Jong Un a Seul possa acontecer ainda este ano, mas há coisa mais importantes que o calendário", afirmou.

"Se vai acontecer neste ano ou não, isto não é tão importante. O importante é que a visita do líder da Coreia do Norte à Coreia do Sul vai definitivamente acelerar o processo de desnuclearização na península coreana".

"Podemos melhorar as relações bilaterais, alcançar uma paz definitiva na península coreana e a desnuclearização", completou.

A visita também poderia ajudar a melhorar as relações entre Pyongyang e Washington, enquanto o presidente americano Donald Trump e o líder norte-coreano tentam dar prosseguimento à reunião de cúpula histórica de junho em Singapura.

"Eu acredito que nossos esforços darão um impulso positivo a uma segunda reunião EUA-Coreia do Norte", destacou o presidente sul-coreano.

"O presidente Trump e eu compartilhamos o mesmo ponto de vista a respeito", disse Moon.

No sábado, Trump confirmou que espera organizar, provavelmente em janeiro ou fevereiro, um segundo encontro com Kim Jong Un.

O governo dos Estados Unidos defende a manutenção das sanções contra a Coreia do Norte - motivadas pelos programas nuclear e balísticos norte-coreanos - até a desnuclearização completa do regime de Pyongyang.