EUA desmente tentativa de retirar Assad da Síria
Washington, 17 dez 2018 (AFP) - Os Estados Unidos garantiram nesta segunda-feira que sua política na Síria não está dirigida a "remover" o presidente Bashar al Assad, mas acrescentaram que só contribuirão com a reconstrução do país caso o regime mude "fundamentalmente".
O representante especial para a diplomacia americana na Síria, James Jeffrey, disse que o regime em Damasco deve estar disposto a "ceder", considerando que ainda não acabou completamente com a guerra após sete anos de combates, e avaliando que persistem no território cerca de 100 mil combatentes opostos ao governo sírio.
"Queremos ver um regime que seja completamente diferente. Não falo em tirar o regime, não tratamos de remover Assad", explicou o emissário no "tink tank" Atlantic Council, em Washington.
Calculando que a Síria precisa de 300 a 400 bilhões de dólares para sua reconstrução, Jeffrey insistiu na postura tradicional das potências ocidentais: não há dinheiro sem uma solução política aceita por todos e sem mudança de comportamento por parte do governo sírio.
"Os países ocidentais estão firmemente decididos a não investir até que tenham o sentimento de que o governo está disposto a ceder para evitar abrir a porta a novos horrores nos próximos anos".
O governo do presidente democrata Barack Obama exigia a saída de Assad, mas após a chegada do republicano Donald Trump à Casa Branca, no início de 2017, a saída do dirigente sírio deixou de ser uma prioridade e passou a depender do "povo sírio".
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