Ministra britânica menciona possibilidade de segunda consulta sobre o Brexit

Londres, 20 dez 2018 (AFP) - Pela primeira vez, um importante membro do governo da primeira-ministra britânica, Theresa May, fez alusão à possibilidade de um segundo referendo sobre o Brexit, provocando a alegria dos ativistas pró-europeus e as críticas dos eurocéticos.
A ministra de Trabalho e Previdência, Amber Rudd, uma fiel e próxima colaboradora de May, reconheceu que a convocação de uma nova consulta popular poderia ser defendida se os deputados rejeitarem o pacto negociado com a União Europeia (UE) e não conseguirem acordar uma estratégia alternativa.
"Não quero uma consulta popular nem um referendo em geral", declarou ao canal ITV na quarta-feira à noite. "Mas se o Parlamento fracassar totalmente em chegar a um consenso, acho que poderia ser um argumento plausível", acrescentou.
Rudd, que se opôs ao Brexit no referendo de 2016, reconheceu que muitos de seus colegas no Partido Conservador (situação) se opõem a uma segunda votação.
A primeira-ministra rejeitou em muitas ocasiões a possibilidade de organizar um novo referendo, afirmando que apenas causaria mais divisão e não resolveria a questão.
Mas a data prevista para o Brexit, 29 de março, já está próxima e o país ainda não conseguiu ratificar o acordo selado com Bruxelas nem alcançar um consenso sobre eventuais planos alternativos para abandonar a UE.
Os comentários de Rudd marcam um "grande momento para a nossa campanha", afirmou o deputado trabalhista Owen Smith, membro de um grupo anti-Brexit.
"Amber Rudd pode ser o primeiro membro do gabinete conservador a dizer que prefere um 'voto popular' do que permitir um catastrófico Brexit sem acordo, mas não será o último", continuou.
No lado oposto, o deputado conservador Marcus Fysh considerou que a ministra tem "uma visão ruim" e afirmou em tuíte que "não é apropriado que esteja no governo".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.