Japão executa dois condenados à morte por assassinato
Tóquio, 27 dez 2018 (AFP) - Dois homens condenados à morte foram executados nesta quinta-feira no Japão, o que eleva a 15 o número de penas capitais aplicadas em 2018 no país.
Os condenados eram Keizo Hawamura, 60 anos, e Hiroya Suemori, 67, que estrangularam até a morte o diretor de um fundo de investimentos e um funcionário em 1988, informou o ministro da Justiça, Takashi Yamashita.
Desde o retorno ao poder do primeiro-ministro Shinzo Abe, em dezembro de 2012, o país executou 36 prisioneiros.
Japão e Estados Unidos são os únicos países desenvolvidos que praticam a pena de morte.
Mais de 100 condenados à morte aguardam a aplicação da pena nas penitenciárias nipônicas, quase metade deles há mais de 10 anos, embora a lei determine que a pena capital deve ser executada seis meses após a confirmação da sentença.
"As execuções no Japão são secretas e, em geral, os prisioneiros são avisados apelas algumas horas antes, mas nem sempre. As famílias, os advogados e o público são informados depois", explicou um relatório recente da organização Anistia Internacional.
"Vários detentos com deficiência intelectual foram executados ou esperam no corredor da morte", denunciou a ONG.
No mês de julho, 13 membros da seita Aum foram executados. O grupo cometeu o atentado com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, além de outros crimes.
mis-kap/anb/cn/jvb/fp
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