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Uso de passaporte diplomático por ex-colaborador atinge Macron

29/12/2018 12h00

Paris, 29 dez 2018 (AFP) - O governo francês continua recebendo críticas da oposição pelas atividades de Alexandre Benalla, ex-colaborador de Emmanuel Macron, que usou um passaporte diplomático após sua demissão e fez uma polêmica viagem ao Chade.

A presidência francesa e o Ministério das Relações Exteriores publicaram vários comunicados de imprensa sobre este caso, sem poder esclarecer uma nova controvérsia envolvendo Benalla, que mergulhou o governo francês em uma de suas piores crises nos últimos meses.

O então chefe da segurança do Eliseu foi demitido em julho, depois da divulgação de imagens agredindo um casal de manifestantes em 1o. de maio.

Benalla voltou a ser notícia no final de dezembro. Primeiro, o jornal Le Monde revelou que ele fez uma viagem ao Chade no início de dezembro, durante a qual foi visto com o presidente Idriss Déby, e alguns dias depois o jornal digital Mediapart informou que usou dois passaportes diplomáticos em suas viagens como "consultor" na África.

O Ministério Público de Paris abriu uma investigação preliminar neste sábado por "abuso de confiança" devido ao não retorno dos dois passaportes diplomáticos do ex-colaborador do Eliseu.

A presidência francesa assegurou que "não ter nenhuma informação" sobre o uso feito por Benalla dos passaportes diplomáticos que obteve durante seu trabalho como colaborador de Macron.

Benalla, por sua vez, lamentou essa controvérsia assegurando que mantém relações com "alguns membros" da presidência francesa.

Em uma carta dirigida ao gabinete de Macron, ele afirmou que suas atividades como "consultor", no entanto, não têm "conexão" com o Palácio do Eliseu.

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