Surpresa em Israel pelo fim da aliança opositora de centro-esquerda
Jerusalém, 1 Jan 2019 (AFP) - A aliança opositora israelense de centro-esquerda União Sionista, da qual faziam parte os trabalhistas de Avi Gabbay e a formação Hatnuah da opositora Tzipi Livni, anunciou nesta terça-feira de maneira inesperada seu fim, em um momento em que Israel se prepara para eleições antecipadas.
A União Sionista obteve 24 cadeiras nas eleições de 2015. Mas desde que Avi Gabbay assumiu a liderança em 2017 do partido trabalhista, o futuro da aliança parecia incerto.
"Eu queria acreditar que a aliança nos permitiria desenvolver e criar uma verdadeira união ... as pessoas viram isso de maneira diferente e se afastaram", disse Gabbay a Livni em uma reunião de representantes da aliança de oposição transmitida ao vivo pela rádio e televisão israelense.
"Eu ainda acredito na cooperação e na união de forças, mas, para isso, a amizade, a confiança e o cumprimento dos compromissos são necessários, o que não é o caso aqui", acrescentou, desejando "boa sorte" a Livni nas eleições.
Livni pareceu surpresa com este anúncio e recusou-se a reagir imediatamente.
Pouco depois escreveu no Twitter que ficou feliz "porque as dúvidas foram esclarecidas para se concentrar no objetivo importante: a mudança de poder".
O Parlamento israelense votou a sua dissolução para que eleições antecipadas fossem organizadas em 9 de abril.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, cuja coalizão é considerada a mais conservadora da história de Israel, lidera as pesquisas.
Em pesquisas recentes, o partido União Sionista estaria com menos de 10 assentos.
No sábado, dois ministros do partido religioso nacionalista judeu, Naftali Bennett e Ayelet Shaked, anunciaram a criação de um novo partido aberto a um eleitorado não religioso.
Na semana anterior, o ex-chefe de gabinete, Benny Gantz, que ainda não revelou suas opiniões políticas, anunciou a criação de seu próprio partido.
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