Relatório sobre Parkland denuncia reação medíocre da polícia
Miami, 2 Jan 2019 (AFP) - A polícia reagiu lentamente e um agente escolar se escondeu durante mais de meia hora enquanto estudantes eram massacrados em uma escola de Parkland, revela um relatório publicado nesta quarta-feira sobre o ataque que matou 17 pessoas na Flórida.
Nikolas Cruz, então com 19 anos, atirou com um fuzil de assalto AR-15 contra os alunos da escola secundária Marjory Stoneman Douglas (MSD) em Parkland, ao norte de Miami, matando 17 pessoas e ferindo outras 17, no dia 14 de fevereiro passado.
O rascunho do relatório de uma comissão estadual detalha minuto a minuto os passos de Cruz, do início dos disparos até sua fuga do local, se fazendo passar por outro estudante.
As causas do ataque "foram os problemas mentais e o comportamento de Cruz", conclui o texto, destacando que as pessoas ignoraram sinais e advertência ou não agiram diante de tais informações.
O documento recorda que Cruz publicava fotos no Instagram onde exibia suas armas e escrevia comentários como "vou matar vocês no futuro" ou "quero matar gente com minha AR-15".
Mas o relatório acusa em particular a escola e a polícia pelo fracasso em impedir a tragédia.
Contribuiu para o massacre "a insatisfatória resposta dos corpos de segurança, que incluiu falhas no sistema de emergências 911 da cidade de Parkland e no sistema de rádio da polícia do condado de Broward".
A isto se agrega "a inadequada política de resposta a ataques ativos por parte do gabinete do xerife de Broward e a inadequada resposta do agente encarregado da escola".
Segundo o documento, o agente escolar Scot Peterson só abandonou sua posição quando os disparos cessaram.
O presidente americano, Donald Trump, acusou Scot de "covarde" e o policial renunciou ao cargo devido à polêmica.
Entre outras recomendações, o relatório sugere que o novo "programa de guardas", que prevê a presença de agentes armados nas escolas, seja ampliado de forma voluntária para os demais funcionários, incluindo professores.
Também sugere que as salas de aula tenham locais seguros, sem carteiras ou obstruções, onde os estudantes possam se esconder longe da visão do vidro da porta.
A Comissão de Segurança Pública Marjory Stoneman Douglas é formada por legisladores, chefes de polícia, autoridades escolares e pais de vítimas.
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