Democrata aspira a ser primeiro presidente hispânico dos EUA
San Antonio, Estados Unidos, 12 Jan 2019 (AFP) - O ex-prefeito de San Antonio, Julian Castro, que integrou a administração do democrata Barack Obama, anunciou neste sábado (12), no Texas, sua candidatura para se tornar o primeiro presidente hispânico dos Estados Unidos.
"Sou candidato à Presidência dos Estados Unidos", declarou Castro, de 44 anos, diante de centenas de simpatizantes, reunidos em uma praça de San Antonio, sua cidade natal.
Espera-se que Castro, considerado uma promessa do Partido Democrata, concorre com um grande número de candidatos diversos na corrida por enfrentar o presidente republicano, Donald Trump.
O anúncio, feito sob o lema "Uma nação, um destino", ocorre em um momento em que Trump transformou a imigração em um tema candente. Parte do governo federal está paralisada porque os democratas, majoritários na Câmara de Representantes, se negam a desbloquear os 5,7 bilhões de dólares que o presidente exige para construir um muro na fronteira com o México.
Neto de uma imigrante mexicana, Castro abordou a questão migratória diante de uma multidão reunida em San Antonio. "Dizemos não à construção do muro e sim à construção de comunidades", afirmou.
Por enquanto, seu perfil é o de um ator secundário em uma corrida da qual podem participar vários pesos-pesados do partido, como o ex-vice-presidente Joe Biden; os senadores Bernie Sanders, Elizabeth Warren e Kamala Harris; e até o bilionário Michael Bloomberg.
Conhecido pela boa oratória, o fotogênico Julian Castro foi secretário da Habitação de Obama e prefeito da sétima cidade dos Estados Unidos. Agora, se torna o terceiro hispânico candidato presidencial de peso em quatro anos, depois dos senadores republicanos Ted Cruz e Marco Rubio, derrotados por Trump nas primárias republicanas de 2016.
Pode ser que sua candidatura desperte o entusiasmo dos eleitores hispânicos pelos democratas, que apoiaram Hillary Clinton, mas em menor medida que a Obama.
Castro ficou conhecido nos Estados Unidos em 2012, quando se tornou o primeiro latino a discursar na convenção nacional democrata.
Quatro anos depois, foi um dos finalistas à candidatura de vice-presidente com Hillary Clinton.
Muito crítico a Trump, recorda que provavelmente não estaria nos Estados Unidos se a atual política migratória existisse quando sua avó, ainda uma criança, cruzou a fronteira com o México em 1922.
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