Manifestações deixam três mortos no Zimbábue
Harare, 15 Jan 2019 (AFP) - Pelo menos três pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas nas violentas manifestações violentas registradas no Zimbábue desde a segunda-feira para protestar contra o aumento nos preços dos combustíveis.
"Um policial foi assassinado a pedradas em Bulawayo, uma pessoa morreu em Chutungwiza (ao sul de Harare) e outra e Kadoma (centro)", anunciou a porta-voz da Polícia do Zimbábue, Charity Charamba.
O principal partido de oposição deu o mesmo número de mortos, embora em diferentes locais.
"Segundo nossas fontes, duas pessoas foram mortas em Chitungwiza (sul da capital Harare) e outra em Kadoma (centro)", informou à AFP o porta-voz do oposicionista Movimento para a Mudança Democrática (MDC), Jacob Mafume, que acrescentou que há "muitos feridos, alguns gravemente".
A organização Anistia Internacional antecipou um outro balanço de oito mortos.
Na véspera, manifestações em Harare e Bulawayo (sul), a segunda maior cidade do Zimbábue, degeneraram e "causaram mortes", segundo o ministro de Segurança, Owen Ncube, que não deu então um balanço preciso.
Segundo as ONGs, a Polícia atirou com munição real nos manifestantes.
Nesta terça-feira, a capital, Harare, parecia uma cidade fantasma, onde a Polícia patrulhava as ruas desertas, constatou um jornalista da AFP, embora as manifestações tenham sido retomadas em Bulawayo, reduto da oposição.
Por quase vinte anos, o Zimbábue vive uma grave crise econômica e financeira, estrangulada por uma falta de liquidez e uma inflação desenfreada.
Sua situação piorou nos últimos meses, causando falta de muitos produtos básicos, como o petróleo.
Estes distúrbios são os mais graves no país desde que o Exército reprimiu um protesto da oposição no dia seguinte às eleições de 30 de julho, em confrontos que deixaram seis mortos em Harare.
O presidente Emmerson Mnangagwa anunciou no sábado que vai duplicar o preço da gasolina para fazer frente à maior escassez de petróleo no país nos últimos dez anos.
O Zimbábue é agora o país onde o preço do combustível é o mais caro do mundo, segundo comparações disponíveis do sitio especializado GlobalPetrolPrices.
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