Ernesto Araújo se reúne com opositores venezolanos e o Grupo de Lima
Brasília, 17 Jan 2019 (AFP) - O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Ernesto Araújo, se reuniu nesta quinta-feira, em Brasília, com opositores do governo de Nicolás Maduro na Venezuela e representantes dos grupos de Lima e Estados Unidos para discutir a crise política venezuelana.
O encontro discutiu "alternativas para a crise política e econômica na Venezuela, que causou escassez, fuga de migrantes e denúncias de violações de direitos humanos", afirma a Agencia Brasil.
A reunião realizada no Palácio do Itamaraty, sede da chancelaria, não foi anunciada na agenda oficial, portanto não foram divulgados detalhes da reunião e o acesso à imprensa não está previsto.
No entanto, uma fonte de oposição venezuelana confirmou à AFP que Julio Borges, ex-presidente do Parlamento venezuelano exilado na Colômbia, e Antonio Ledezma, ex-prefeito de Caracas instalado em Madri desde que fugiu de sua prisão domiciliar no final de julho de 2017, participaram na reunião.
Segundo o site de notícias do G1, durante a reunião também se discutiu "formas de aumentar a pressão sobre o governo venezuelano" e "avaliar quais seriam os próximos passos do Grupo Lima", formado por 14 países latino-americanos (incluindo o Brasil) que não reconhecem o novo mandato de Maduro, que começou em 10 de janeiro.
O encontro acontece no dia seguinte em que o presidente Jair Bolsonaro e seu colega da Argentina, Mauricio Macri, condenaram a "ditadura de Nicolás Maduro" na Venezuela após o primeiro encontro bilateral dos dois líderes no palácio do Planalto, em Brasília.
"Reafirmamos nossa condenação à ditadura de Nicolás Maduro. Não aceitamos esse deboche com a democracia", afirmou Macri em um comunicado conjunto.
"A comunidade internacional já percebeu: Maduro é um ditador que busca se perpetuar no poder por meio de eleições fictícias, aprisionando oponentes e levando os venezuelanos a uma situação desesperadora", acrescentou.
O presidente brasileiro, que costuma ser especialmente crítico com as "ditaduras" da Venezuela, Cuba e Nicarágua, se limitou a dizer que a cooperação entre Brasil e Argentina com relação à situação na Venezuela é "o exemplo mais claro da convergência de posições" entre os dois países, sem mencionar Maduro diretamente.
O Grupo de Lima, a União Europeia (UE) e os Estados Unidos ignoraram a reeleição de Maduro nas eleições de 20 de maio, antecipadas pela Assembleia Constituinte no poder e boicotadas pela oposição, que as considerou uma fraude.
Na terça-feira, o Parlamento venezuelano, único poder controlado pela oposição, prometeu conceder anistia aos militares que não conhecem o "usurpador" Maduro.
Na terça-feira, o Parlamento venezuelano, único poder controlado pela oposição, prometeu conceder anistia aos militares que não conhecem o "usurpador" Maduro.
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