Coalizão liberta sete prisioneiros huthis e os envia para o Iêmen
Dubai, 30 Jan 2019 (AFP) - Sete rebeldes huthis xiitas foram libertados nesta quarta-feira (30) pela coalizão que intervém no Iêmen liderada pela Arábia Saudita, e viajaram de Riad para Sanaa, informou a ONU.
O enviado da ONU para o Iêmen, Martin Griffiths, "saúda a decisão" de libertar os sete rebeldes e "se sente muito encorajado por esse espírito positivo de ambos os lados", assinalou o seu escritório no Twitter.
Os sete prisioneiros foram transferidos durante o dia pelo Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) de Riad para Sanaa, sob controle dos insurgentes, acrescentou a ONU.
Griffiths assinalou que espera que esta libertação "impulsione a rápida implementação do acordo de troca de prisioneiros", concluído em dezembro na Suécia.
Na terça-feira, os huthis libertaram um primeiro prisioneiro como parte do acordo.
"O enviado especial saúda a libertação sem condições (...) de um prisioneiro saudita doente", havia declarado pelo Twitter Griffiths, acrescentando que esperava "ver ações humanitárias semelhantes de ambos os lados" beligerantes.
O CICV, que supervisionou a operação de terça-feira, confirmou imediatamente a ida para Riad de um soldado saudita de Sanaa.
Tratou-se do primeiro prisioneiro libertado no âmbito do acordo alcançado na Suécia durante conversas em dezembro, sob a égide da ONU, entre o governo iemenita, apoiado pela coalizão liderada pela Arábia Saudita, e os rebeldes huthis xiitas, respaldados pelo Irã.
Como resultado dessas negociações, as partes no conflito concordaram trocar 15.000 prisioneiros e enviaram a lista com seus nomes ao mediador da ONU.
Também aceitaram um acordo de cessar-fogo, que entrou em vigor em 18 de dezembro, embora tenham sido registrados combates esporádicos.
No conflito no Iêmen morreram 10.000 pessoas desde que interveio a coalizão militar liderada por Riad, em março de 2015, em apoio ao governo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
Não obstante, segundo organizações de defesa dos direitos humanos, este balanço seria maior. Esta guerra levou 14 milhões de iemenitas à beira da fome, o que, segundo a ONU, constitui a maior crise humanitária do mundo.
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