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Datas importantes do Irã desde a Revolução Islâmica

01/02/2019 10h01

Teerã, 1 Fev 2019 (AFP) - Os principais acontecimentos no Irã desde a Revolução Islâmica de 1979.

- Revolução Islâmica -No dia 1o. de fevereiro de 1979, o aiatolá Ruhollah Khomeini retorna a Teerã depois de 15 anos de exílio, após a fuga do xá Mohamed Reza Pahlevi, que deixou o país em 16 de janeiro ante a pressão das ruas contra o regime.

Em 11 de fevereiro, a rádio iraniana, batizada "Voz da Revolução", anuncia "o fim de 2.500 anos de despotismo".

No dia 1o. de abril é proclamada a República Islâmica.

- Reféns americanos -Em 4 de novembro de 1979, estudantes islamitas invadem a embaixada dos Estados Unidos em Teerã e tomam como reféns 52 diplomatas. Denunciam a hospitalização do xá nos Estados Unidos e exigem seu retorno ao Irã.

A tomada de reféns dura 444 dias.

Em abril de 1980, Washington rompe as relações diplomáticas com Teerã e impõe um embargo comercial, 10 meses antes da libertação dos últimos reféns.

- Guerra Irã-Iraque -Em 22 de setembro de 1980, o Iraque envia sua força militar ao território do Irã, depois que Bagdá denuncia os acordos de Argel de 1975, que deveriam encerrar um conflito na fronteira entre os dois países a respeito do rio Shatt al-Arab.

Em agosto de 1988 entra em vigor um cessar-fogo, após uma guerra que deixou um milhão de mortos.

- De Khamenei a Khatami -Após a morte de Khomeini em junho de 1989, o aiatolá Alí Khamenei, presidente desde 1981, se torna o guia supremo do país.

Akbar Hashemi Rafsanjani é eleito presidente em julho do mesmo ano e reeleito em 1993. Este conservador moderado lidera a reconstrução do país país depois da guerra com o Iraque e inicia uma política de abertura com o Ocidente.

Em 23 de maio de 1997, o reformista Mohamad Khatami é eleito presidente. Seu mandato foi marcado por protestos e manifestações estudantis. Ele foi reeleito em 2001.

- Ahmadinejad, o ultraconservador -No início de 2002, o presidente americano George W. Bush inclui o Irã no chamado "eixo do mal", ao lado de Iraque e Coreia do Norte, acusando o país de desejar "exportar o terrorismo" e produzir armas de destruição em massa.

Em 25 de junho de 2005, Mahmud Ahmadinejad vence a eleição presidencial e o Irã retoma o programa de enriquecimento de urânio.

Ahmadinejad multiplica as declarações que questionam o Holocausto e diz que Israel deveria ser "apagado do mapa".

Em junho de 2009, sua reeleição provoca um movimento de contestação em Teerã violentamente reprimido.

- Rohani, um religioso moderado -Em 15 de junho de 2013, Hassan Rohani, partidário de uma flexibilidade maior em relação ao Ocidente, é eleito presidente.

Em setembro, Rohani e Barack Obama conversam por telefone, algo que não acontecia entre presidentes do Irã e dos Estados Unidos desde 1979.

Em 14 de julho de 2015, um acordo sobre o programa nuclear do Irã com as grandes potências encerra 13 anos de disputas. O pacto assegura o caráter civil do programa iraniano em troca de uma suspensão em 10 anos das sanções internacionais.

- Aliado de Assad -Reforçado pelo acordo nuclear, o Irã se apresenta como um ator importante na guerra na Síria, onde é, ao lado da Rússia, o principal aliado do regime de Bashar al-Assad, com uma ajuda militar e econômica.

- Ruptura com a Arábia Saudita -No início de janeiro de 2016, a Arábia Saudita e seus aliados rompem ou reduzem as relações diplomáticas com Teerã, após uma crise desencadeada pela execução de um líder xiita saudita.

Os países acusam o Irã de interferência nos assuntos dos países árabes e de atiçar conflitos como os da Síria ou Iêmen.

- Protesto -Em 19 de maio 2017, Rohani é reeleito graças ao apoio dos reformistas e de grande parte da juventude.

Entre 28 de dezembro e 1 de janeiro de 2018, dezenas de cidades registram distúrbios que deixaram pelo menos 25 mortos, à margem de manifestações não autorizadas contra a situação econômica e social e contra o poder.

- Saída americana do acordo -Em 8 de maio de 2018, o presidente Donald Trump anuncia a saída dos Estados Unidos do acordo nuclear e o restabelecimento das sanções contra Teerã e contra as empresas com vínculos com a República Islâmica.

As sanções, retomadas em agosto e em novembro, afetam especialmente os setores petroleiro e financeiro do Irã.