Sacerdote da Opus Dei acusado no Chile de abuso sexual de dois menores
Santiago, 1 Fev 2019 (AFP) - Um sacerdote da ordem Opus Dei, uma das congregações mais conservadoras da Igreja Católica, foi acusado no Chile de suposto abuso de dois menores de idade há duas décadas, segundo informou um comunicado dessa irmandade nesta sexta-feira (1).
O sacerdote Patricio Astorquiza, de 82 aos, ordenado em 1962, foi denunciado ante a sua congregação "sobre feitos ocorridos há aproximadamente 20 anos, quando os denunciantes eram menores de idade", indicou a nota.
As denúncias "se referem a um assédio persistente ao longo do tempo e a um abuso de consciência, ambos com possível conotação sexual", acrescentou o comunicado.
A Opus Dei começou as investigações em outubro e as declarações dos denunciantes foram enviadas à Congregação para a Doutrina da Fé, instituição do Vaticano que investigou acusações anteriores de abuso contra padres.
"Desde outubro passado, e enquanto durar a investigação, foi decretado como medida cautelar que o padre Astorquiza não exerça publicamente o ministério sacerdotal", sustentou a Opus Dei.
Astorquiza é o primeiro padre da Opus Dei a ser denunciado no Chile. Centenas de membros de outras congregações chilenas foram acusados por pedofilia e altos representantes do clero foram assinalados como acobertadores destas atrocidades, e que são investigadas pelo Vaticano.
O Ministério Público chileno tem aberto cerca de 150 casos pelas denúncias contra padres e bispos que se transformaram em um duro golpe para a Igreja Católica do país.
O papa Francisco, em sua missão para cumprir a promessa de "tolerância zero" com crimes sexuais, aceitou durante o ano passado a renúncia de sete bispos chilenos, expulsou do sacerdócio outros dois bispos eméritos e os poderosos sacerdotes Fernando Karadima e Cristián Precht.
msa/gfe/mps/cb/cc
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