A intervenção do papa na conferência inter-religiosa de Abu Dhabi

Abu Dhabi, 4 Fev 2019 (AFP) - Veja as principais declarações do papa Francisco na conferência inter-religiosa internacional que acontece nesta segunda-feira (4) em Abu Dhabi, capital dos Emirados Árabes Unidos:

- Rejeição à violência -"Em nome de Deus Criador, é preciso condenar sem vacilação toda forma de violência, porque é uma grave profanação do nome de Deus usá-lo para justificar o ódio e a violência contra o irmão. Não há violência que possa ser religiosamente justificada".

"(Devemos nos atentar) para que a religião não seja instrumentalizada e corra o risco, ao admitir a violência e o terrorismo, de negar a si mesma".

- Liberdade religiosa -"(A liberdade religiosa) não se limita apenas à liberdade de culto, ela vê no outro um verdadeiro irmão, um filho da mesma Humanidade que Deus deixa livre e que, por consequência, nenhuma instituição humana pode forçar, mesmo em Seu nome".

- Pontes entre povos -"Ou construímos o futuro juntos ou não haverá futuro, e as religiões, em particular, não podem desistir da tarefa urgente de construir pontes entre povos e culturas."

- Justiça -"Uma justiça dirigida apenas aos membros da família, compatriotas, crentes da mesma fé, é uma justiça fraca, é uma injustiça mascarada!"

- Igualdade de direitos -"Não só aqui, mas em toda a amada região do Oriente Médio, desejo oportunidades concretas de encontro: sociedades onde as pessoas de diferentes religiões tenham o mesmo direito de cidadania e onde seja banido o direito à violência, em todas as suas formas ".

- Paz no mundo árabe -"A fraternidade humana exige de nós, representantes das religiões, o dever de banir qualquer nuance de aprovação da palavra guerra, sinônimo de miséria e crueldade. Suas consequências nefastas são visíveis atualmente no Iêmen, na Síria, no Iraque e na Líbia. Juntos, irmãos da única família humana desejada por Deus, devemos nos comprometer contra a lógica do poder armado, contra a monetização das relações, armamento das fronteiras, construção de muros, o engasgo dos pobres".

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