UE ratifica sistema para comercializar com Irã apesar de sanções
Bruxelas, 4 Fev 2019 (AFP) - A União Europeia (UE) ratificou nesta segunda-feira a entidade criada por França, Alemanha e Reino Unido para comercializar com o Irã apesar das sanções americanas, mas denunciou o programa de mísseis de longo alcance desenvolvido pelos iranianos e sua participação militar na Síria.
Os dirigentes dos 28 países da UE justificaram a criação deste instrumento financeiro pela necessidade de estimular o Irã a respeitar seu compromisso de nunca tentar obter armas nucleares, apesar da retirada dos Estados Unidos do acordo nuclear alcançado com este país em 2015, destaca uma declaração conjunta difundida em Bruxelas.
A entidade, chamada Instex, "fornecerá um apoio aos operadores econômicos europeus que tenham trocas comerciais legítimas com o Irã, conforme o direito da UE e a resolução 2231 do Conselho de Segurança das Nações Unidas", precisa o texto.
"O Instex facilitará à UE continuar um comércio lícito com o Irã nos campos da saúde e agroalimentar", disse na quinta-feira o chefe da diplomacia francesa, Jean-Yves Le Drian.
Mas o Irã deve criar uma entidade paralela para tornar possível que o Instex esteja operacional. Isso levará tempo, pois o instrumento iraniano "não deve ter nenhum laço com o banco central do Irã, objeto de sanções americanas, e respeitar as regras internacionais contra a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo", precisou uma fonte europeia.
A vontade de ajudar o Irã a comercializar com o objetivo de melhorar as condições de vida dos iranianos não deve impedir a UE de expressar suas preocupações e condenar as atividades militares na região, destaca a declaração.
Os europeus se mostram "gravemente preocupados" com o programa de mísseis balísticos desenvolvido pelo Irã e pedem que não façam mais disparos nem busquem aumentar o alcance dos mesmos.
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