Angelina Jolie pede para Mianmar suspender perseguição a rohinyas
Kutupalong, Bangladesh, 5 Fev 2019 (AFP) - A atriz americana Angelina Jolie fez um apelo nesta terça-feira (5) para que Mianmar demonstre uma "verdadeira vontade" de deter o ciclo de violências contra os rohinyas, em visita aos campos de refugiados de Bangladesh.
Jolie chegou na segunda-feira como enviada especial do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur) a Bangladesh, um país pobre do sudeste asiático onde quase um milhão de rohinyas vivem em enormes barracas depois de terem fugido de perseguições contra sua comunidade muçulmana no vizinho Mianmar.
"Chamo as autoridades de Mianmar a mostrar a verdadeira vontade necessária para pôr fim ao ciclo de violência e de deslocamentos, e a melhorar as condições para todas as comunidades no estado de Rakain", de onde provêm os rohinyas, disse a atriz.
Durante sua visita aos acampamentos do distrito de Cox's Bazar (sul), que chegaram a abrigar 740.000 pessoas no fim de 2017, Angelina Jolie teve uma série de encontros com refugiados, entre os quais mulheres violentadas por militares birmaneses.
"Foi profundamente perturbador encontrar famílias que por toda a vida só conheceram a perseguição e ser apátridas, que contam que foram tratadas como gado", declarou a atriz de 43 anos à imprensa.
Em agosto de 2017, ameaçados pelo exército e por milícias budistas, mais de 720.000 rohinyas fugiram de Mianmar para se refugiar em Bangladesh, onde vivem em condições precárias em enormes acampamentos.
Bangladesh e Mianmar assinaram um acordo que prevê a repatriação de 2.260 rohinyas a partir de 15 de novembro passado ao ritmo de 150 por dia.
Mas a ONU considera que não estão dadas as condições para o retorno dos rohinyas.
Jolie encerrará sua viagem a Bangladesh na quarta-feira com uma reunião com a primeira-ministra Sheikh Hasina, informou a ONU em um comunicado.
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