Mais de 16.000 migrantes repatriados em 2018 da Líbia a seus países
Trípoli, 6 Fev 2019 (AFP) - Mais de 16.000 migrantes foram repatriados da Líbia em 2018 através do programa de retorno voluntário da Organização Internacional para as Migrações (OIM), anunciou à AFP o coordenador do programa.
Um total de "16.753 migrantes em situação irregular puderam retornar aos seus países de origem no ano passado", disse Juma Ben Hasan.
Trata-se, principalmente, de migrantes que tentaram, sem sucesso, atravessar o Mediterrâneo para chegar à Europa.
"De acordo com estatísticas da OIM, estes migrantes são provenientes de 32 países da África e da Ásia", acrescentou o coordenador, explicando que esses números não incluem os migrantes assistidos pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
O ACNUR assinalou que 4.800 refugiados conseguiram deixar a Líbia desde setembro de 2017.
Em uma breve declaração, no início desta semana, o ACNUR disse que 56.600 refugiados ainda estão esperando para deixar a Líbia.
Durante o regime de Muammar Khaddafi, derrubado em 2011, milhares de migrantes atravessaram as fronteiras do sul da Líbia, que se estendem por 5 mil quilômetros, para tentar atravessar o Mediterrâneo em direção à Europa.
A partir de 2011 a situação se agravou, com os traficantes de pessoas aproveitando o caos no país para organizar, em troca de grandes somas de dinheiro, a travessia de milhares de pessoas da África ou da Ásia para a Itália, localizada a cerca de 300 km da costa líbia.
Numerosos migrantes, homens, mulheres e crianças interceptados ou resgatados no mar, estão em centros de detenção na Líbia sob condições muito difíceis e escolhem ser repatriados.
Várias organizações internacionais, incluindo o ACNUR, lamentam regularmente os maus-tratos sofridos pelos migrantes na Líbia.
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